|
Fonte: Agência Brasil Foto: JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL |
Como parte do Outubro Rosa, mês
de conscientização sobre o câncer de mama, o Colégio Brasileiro de Radiologia e
Diagnóstico por Imagem (CBR) lançou na semana passada, a campanha
Radiologia Solidária. A proposta é ofertar exames gratuitos para mulheres de
baixa renda em todo o país.
De acordo com o CBR, a previsão é
que mais de 50 clínicas de imagem e instituições de saúde ofereçam esse tipo de
atendimento até dezembro. Cada clínica aderiu a uma das três modalidades
disponíveis na campanha: ouro, prata e bronze, conforme o tipo e o volume de exames
a serem disponibilizados:
- 21 na categoria ouro, onde
serão disponibilizadas mais de 50 mamografias e/ou tomossínteses (equipamento
semelhante ao mamógrafo) e mais de 20 ultrassonografias e/ou biópsias de mama);
- sete na categoria prata, onde
serão disponibilizadas de 20 a 50 mamografias e/ou de 10 a 20
ultrassonografias;
- 22 na categoria bronze, onde
serão disponibilizadas até 20 mamografias e/ou tomossínteses e 10
ultrassonografias.
A maior parte das clínicas fica
na Região Sudeste (28 instituições participantes), seguida pelo Sul, com sete
clínicas participantes; pelas regiões Centro-Oeste e Nordeste, ambas com seis
clínicas participantes; e pelo Norte, com três instituições participantes.
Minas Gerais e São Paulo se destacam entre os estados, com 14 e nove clínicas,
respectivamente.
A coordenação da realização dos
exames, de acordo com o CBR, ficará a cargo de instituições não governamentais
(ONGs), fundações sem fins lucrativos e instituições de saúde pública, que
devem direcionar os atendimentos para mulheres de baixa renda e dentro da faixa
etária recomendada para o rastreamento (a partir dos 40 anos).
Fake news
Em meio à disseminação das
chamadas fake news (informações falsas) na área da saúde, o CBR informou que a
campanha também contará com ações para conscientizar a população sobre a
importância da detecção e do diagnóstico precoce do câncer de mama,
“valorizando a promoção de informações confiáveis e baseada em evidências
científicas”.
Em nota técnica publicada
anteriormente, a entidade já havia reforçado a importância da mamografia como
método essencial para identificar o câncer de mama em estágios iniciais. O
documento também desmente mitos como o de que o exame causa câncer ou poderia
ser substituído por outros métodos de imagem.
Números
O CBR alerta que a incidência de
câncer de mama tem aumentado em todo o mundo – a cada ano, mais de 2 milhões de
mulheres são diagnosticadas com a doença. Somente no Brasil, ao longo de 2024,
a estimativa é que quase 74 mil novos casos sejam registrados, com maior
prevalência entre mulheres jovens, com menos de 50 anos.
“Apesar de todos os esforços, o
câncer de mama ainda é o tumor que mais mata mulheres no Brasil e no mundo. No
entanto, quando detectado precocemente, é uma doença tratável, com altas chances
de cura (chegando a 95% se o diagnóstico ocorrer antes que o tumor atinja 10
milímetros)”.
“A Comissão Nacional de
Mamografia reforça a recomendação de rastreamento mamográfico anual para
mulheres a partir dos 40 anos e repudia todas as formas de fake news e
disseminação de informações falsas, que podem levar algumas mulheres a não
realizarem a mamografia, com desfecho em diagnósticos tardios e tumores
avançados.”