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Cerca de sete em cada 10 brasileiros compram por impulso e se arrependem depois, revela pesquisa

Fonte: TV Cultura Foto: Unsplash

Um levantamento recente da Serasa aponta que cerca de sete em cada 10 consumidores brasileiros realizam compras por impulso, e 72% deles se arrependem logo depois.

Essa prática é comum especialmente em períodos financeiramente desafiadores, como o chamado "agosto infinito", um mês sem feriados e marcado pelo acúmulo de contas.

Valéria Meirelles, psicóloga especializada em finanças, explica que o comportamento impulsivo no consumo é uma resposta ao estresse e à ansiedade.


"Vivemos em um mundo inquieto, onde o consumo oferece um alívio momentâneo para essas sensações", comenta. Segundo ela, entender as emoções por trás desse impulso, seja de alívio, conforto ou felicidade, é crucial para evitar decisões financeiras prejudiciais. 

O cenário se torna ainda mais preocupante quando se considera que 33% dos brasileiros afirmam que sua renda mensal não é suficiente para cobrir todas as despesas. Além disso, cerca de 3 em cada 10 consumidores preveem que terminarão o mês de agosto em situação financeira vulnerável.

Aline Maciel, gerente da plataforma Limpa Nome da Serasa, observa que o segundo semestre é particularmente desafiador para muitas famílias. Despesas acumuladas, como parcelas de compras do início do ano e rematrículas escolares, pesam no orçamento.


Para evitar que o impulso de gastar acabe complicando ainda mais a situação financeira, a Serasa, junto com a educadora financeira Natália Cunha, propõe algumas estratégias simples.

Entre as recomendações, estão desafios para os últimos dias de agosto, como evitar pedidos de delivery, rever assinaturas de streaming, e resistir a compras impulsivas e saídas custosas. Além disso, criar uma lista de itens essenciais e silenciar notificações de aplicativos de promoções são passos sugeridos para evitar gastos desnecessários.

"O segredo para retomar o controle financeiro está em adotar pequenas mudanças no dia a dia", conclui Natália Cunha. "Com isso, é possível evitar que o comportamento impulsivo se transforme em uma bola de neve que impacta negativamente o orçamento familiar."

Essa pesquisa e as dicas destacadas servem como um alerta para que os consumidores brasileiros reflitam sobre seus hábitos de consumo, especialmente em um período tão desafiador financeiramente.

 



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