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Ansiedade de jovens supera a de adultos no Brasil; veja quatro dicas para controlar transtornos no pré-vestibular

Fonte: Tv Cultura Foto: Freepik

Não é novidade que os jovens estão enfrentando cada vez mais cobranças e autoexigências devido à vida pessoal e educacional. Isso foi demonstrado por meio de um levantamento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS), que, pela primeira vez na história, indica que os registros de ansiedade entre adolescentes superou os dos adultos. 

Os dados de 2013 a 2023 revelam que a taxa de ansiedade entre adolescentes de 15 a 19 anos é de cerca de 157 a cada 100 mil, enquanto, entre adultos acima de 20 anos, a taxa é de 112,5 a cada 100 mil. 

Diante do Setembro Amarelo, que marca a conscientização sobre a prevenção ao suicídio, a preocupação com a saúde mental é crucial no ambiente escolar. Além disso, com os vestibulares se aproximando, costuma aumentar ainda mais nos estudantes o sentimento de pressão.

Para evitar crises e a sensação de estresse, veja abaixo quatro dicas para ajudar a controlar a ansiedade antes das provas: 

1) Gerenciamento do estresse

Estar preparado para o vestibular é uma preocupação significativa para os estudantes que desejam ingressar no ensino superior. Mas o que fazer quando ocorre uma crise de ansiedade?

O autor do material didático do Fibonacci Sistema de Ensino, Leonardo Morelli explica que para gerenciar o estresse durante a preparação para o vestibular, os estudantes podem adotar algumas técnicas.

“Respiração profunda e técnicas de relaxamento, como meditação e yoga, ajudam a reduzir a ansiedade e a aliviar a tensão física e mental. Exercícios físicos também são uma opção, pois liberam endorfinas no organismo, melhorando o humor e reduzindo o estresse”, afirma.

O autor também sugere a criação de um cronograma de estudos organizado e realista, que estabeleça limites para descanso e lazer, a manutenção de uma alimentação saudável e a importância de contar com redes de apoio social.

“Integrar práticas de mindfulness (prática de se concentrar completamente no presente) no dia a dia também pode ajudar a reduzir o estresse e melhorar o foco”, acrescenta.


2) Práticas que podem evitar o estresse

Ao se aproximar das datas de provas, é comum os vestibulandos sentirem uma certa ansiedade e insegurança. O autor de geografia do Sistema Anglo de Ensino, Diego E. Campos Oliveira, explica que a ansiedade está relacionada à sensação de aflição, receio ou agonia, o que remete ao medo.

“Esse medo pode ser definido como uma expectativa negativa diante de uma sensação desagradável e da possibilidade de fracasso”, destaca.

Para contornar essa situação, as dicas do especialista são: manter uma rotina de estudos em um local adequado e bem iluminado, praticar atividades físicas, beber água, dormir bem e, sobretudo, ter autoconhecimento, pois enquanto alguns estudantes precisam de silêncio, outros gostam de ouvir música para se concentrar, por exemplo.

3) Sintomas de ansiedade

A pressão do vestibular pode ter muitas repercussões psicológicas nos estudantes, variando de burnout à depressão.

A insegurança sobre o futuro repercute nas relações sociais dos vestibulandos e também em seu rendimento nos estudos, inclusive no dia da prova. 

De acordo com a autora do material didático do Sistema de Ensino pH e acadêmica de medicina, Nathalia Pinho, “pensamento acelerado, desorganização, procrastinação, irritabilidade, alterações de apetite, cansaço, insegurança, além de sintomas físicos como insônia, dor de estômago, sudorese, dor de cabeça e imunidade baixa são algumas das manifestações do estado ansioso e do estresse ao qual pessoas que estão fazendo vestibular podem estar submetidas”, pontua.

A autora também indica que, caso esses sintomas sejam frequentes, é importante que o estudante procure ajuda psicológica. A própria instituição de ensino pode indicar profissionais, mas na falta dessa indicação, é recomendável conversar com pessoas de confiança e buscar boas referências profissionais. 

4) A importância da rotina desde a infância

Camila Penachin, coordenadora pedagógica e especialista em Gestão do Trabalho Pedagógico e Neuropsicopedagogia no Anglo Alante - Paulínia, enfatiza que o cérebro das crianças se adapta ao meio e aos hábitos que desenvolvem, graças à neuroplasticidade.

“É crucial que pais e responsáveis estabeleçam rotinas desde cedo, como horários para acordar, brincar, realizar refeições, estudar e cumprir tarefas cotidianas. Essas ações criam conexões neurais positivas, mostrando às crianças que há tempo para tudo e promovendo hábitos saudáveis que moldam novas rotas neurais”, destaca Camila.

Independente da idade, o uso excessivo de telas também pode prejudicar. 

No aspecto comportamental, o isolamento social e a dificuldade em criar vínculos são preocupações significativas, aumentando a probabilidade de ansiedade, irritabilidade e distúrbios do sono.

“A falta de sono pode comprometer a concentração e o desempenho escolar, além de afetar o bem-estar geral”, finaliza Camila. 

  


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