Ansiedade de jovens supera a de adultos no Brasil; veja quatro dicas para controlar transtornos no pré-vestibular
Fonte: Tv Cultura Foto: Freepik |
Diante do Setembro Amarelo, que marca a conscientização sobre a prevenção ao suicídio, a preocupação com a saúde mental é crucial no ambiente escolar. Além disso, com os vestibulares se aproximando, costuma aumentar ainda mais nos estudantes o sentimento de pressão.
Para evitar crises e a sensação de estresse, veja abaixo quatro
dicas para ajudar a controlar a ansiedade antes das provas:
1) Gerenciamento do estresse
Estar preparado para o vestibular é uma preocupação significativa
para os estudantes que desejam ingressar no ensino superior. Mas o que fazer
quando ocorre uma crise de ansiedade?
O autor do material didático do Fibonacci Sistema de
Ensino, Leonardo Morelli explica que para gerenciar o
estresse durante a preparação para o vestibular, os estudantes podem adotar
algumas técnicas.
“Respiração profunda e técnicas de relaxamento, como
meditação e yoga, ajudam a reduzir a ansiedade e a aliviar a tensão física e
mental. Exercícios físicos também são uma opção, pois liberam endorfinas no
organismo, melhorando o humor e reduzindo o estresse”, afirma.
O autor também sugere a criação de um cronograma de
estudos organizado e realista, que estabeleça limites para descanso e
lazer, a manutenção de uma alimentação saudável e a
importância de contar com redes de apoio social.
“Integrar práticas de mindfulness (prática
de se concentrar completamente no presente) no dia a dia também pode ajudar a
reduzir o estresse e melhorar o foco”, acrescenta.
2) Práticas que podem evitar o estresse
Ao se aproximar das datas de provas, é comum os
vestibulandos sentirem uma certa ansiedade e insegurança. O autor de geografia
do Sistema Anglo de Ensino, Diego E. Campos Oliveira, explica que a
ansiedade está relacionada à sensação de aflição, receio ou agonia, o que
remete ao medo.
“Esse medo pode ser definido como uma expectativa negativa
diante de uma sensação desagradável e da possibilidade de fracasso”, destaca.
Para contornar essa situação, as dicas do especialista
são: manter uma rotina de estudos em um local adequado e bem iluminado,
praticar atividades físicas, beber água, dormir bem e, sobretudo, ter
autoconhecimento, pois enquanto alguns estudantes precisam de silêncio,
outros gostam de ouvir música para se concentrar, por exemplo.
3) Sintomas de ansiedade
A pressão do vestibular pode ter muitas repercussões
psicológicas nos estudantes, variando de burnout à depressão.
A insegurança sobre o futuro repercute nas relações sociais
dos vestibulandos e também em seu rendimento nos estudos, inclusive no dia da
prova.
De acordo com a autora do material didático do Sistema de
Ensino pH e acadêmica de medicina, Nathalia Pinho, “pensamento
acelerado, desorganização, procrastinação, irritabilidade, alterações de
apetite, cansaço, insegurança, além de sintomas físicos como insônia, dor de
estômago, sudorese, dor de cabeça e imunidade baixa são algumas das
manifestações do estado ansioso e do estresse ao qual pessoas que estão fazendo
vestibular podem estar submetidas”, pontua.
A autora também indica que, caso esses sintomas sejam
frequentes, é importante que o estudante procure ajuda
psicológica. A própria instituição de ensino pode indicar
profissionais, mas na falta dessa indicação, é recomendável conversar com
pessoas de confiança e buscar boas referências profissionais.
4) A importância da rotina desde a infância
“É crucial que pais e responsáveis estabeleçam rotinas desde
cedo, como horários para acordar, brincar, realizar refeições, estudar e
cumprir tarefas cotidianas. Essas ações criam conexões neurais positivas,
mostrando às crianças que há tempo para tudo e promovendo hábitos saudáveis que
moldam novas rotas neurais”, destaca Camila.
Independente da idade, o uso excessivo de telas
também pode prejudicar.
No aspecto comportamental, o isolamento social e a dificuldade
em criar vínculos são preocupações significativas, aumentando a probabilidade
de ansiedade, irritabilidade e distúrbios do sono.
“A falta de sono pode comprometer a concentração e o
desempenho escolar, além de afetar o bem-estar geral”, finaliza Camila.
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