Cidade de MT tem maior taxa de estupro de menores no Brasil e é a 4ª mais perigosa do país, aponta Anuário
Fonte: G1MT Foto: G1MT |
Conforme o levantamento, a maioria dos agressores
são conhecidos das vítimas, sendo 64% familiares. No caso das vítimas
de 14 anos ou mais, 31,2% dos agressores são familiares, 28,1% são parceiros
íntimos, e 13,2% são conhecidos. Notavelmente, 88,2% das vítimas são do
sexo feminino, e 52,2% são negras.
Fora o estupro de vulnerável, Mato Grosso também foi
o estado que mais registrou um aumento na taxa de lesão corporal dolosa
em contexto de violência doméstica contra crianças e adolescentes.
As maiores taxas foram encontradas nos estados do Mato Grosso (254,3), Minas
Gerais (65,8), Paraná (60,2), Rondônia (70,3), Roraima (68,6) e Santa Catarina
(61,3).
As estatísticas revelam que a violência sexual ocorre predominantemente em casas (52,1%), seguido por vias públicas (20,5%). Locais como área rural (2,2%), sítios e fazendas (0,9%) e estabelecimentos comerciais/financeiros (3,8%) também aparecem nas estatísticas, assim como hospitais (1,5%).
Entre as cidades com maiores taxas de estupro e estupro de vulnerável estão:- Sorriso
(MT) com 113,9 casos por 100 mil habitantes;
- Porto
Velho (RO) com 113,6;
- Boa
Vista (RR) com 110,5;
- Itaituba
(PA) com 100,6;
- Dourados
(MS) com 98,6.
O abuso infantil também é um problema grave no país, com as
crianças sendo frequentemente vítimas de maus-tratos que se transformam em
lesões corporais na adolescência. Entre 2022 e 2023, 29,4 mil crianças e
adolescentes foram vítimas de violência doméstica, com 60,9% dessas vítimas
tendo no máximo 9 anos.
Os casos de maus-tratos incluem abandono de incapaz (22,0%),
abandono material (34,0%), pornografia infanto-juvenil (42,6%), exploração
sexual infantil (24,1%) e subtração de crianças e adolescentes (28,4%). As
agressões domésticas contra crianças de 0 a 4 anos foram as mais altas,
atingindo 58,3%.
O levantamento também revelou que Sorriso ocupa a 4ª
posição no ranking das cidades mais violentas do Brasil, com 77,7 mil casos de
Mortes Violentas Intencionais (MVI), para cada 100 mil habitantes.
Em 2023, o Brasil registrou 46,3 mil mortes violentas
intencionais, com uma taxa de 22,8 por 100 mil habitantes. As cidades mais
violentas incluem:
- Luís
Eduardo Magalhães (BA), com uma taxa de 63,4;
- Angra
dos Reis (RJ), com 55,2.
- Já o
Amapá (AP), Bahia (BA) e Amazonas (AM) têm as maiores taxas de violência,
enquanto São Paulo (SP), Santa Catarina (SC) e Distrito Federal (DF)
apresentam as menores
Tentativa de homicídio
No levantamento, os dados do Anuário Brasileiro de Segurança
Pública indicam crescimento de Mortes Violentas Intencionais em seis Unidades
da Federação (UF), sendo que Mato Grosso teve a segunda maior taxa de aumento
de MVI e a maior em tentativas de homicídio.
- Amapá:
39,8%
- Mato
Grosso: 8,1%
- Mato
Grosso do Sul: 6,2%
- Pernambuco:
6,2%
- Minas
Gerais: 3,7%
- Alagoas:
1,4%
Quando observada a média brasileira, 18 UF mantêm taxas
acima da média nacional:
- Acre
- Rio
de Janeiro
- Paraíba
- Roraima
- Maranhão
- Espírito
Santo
- Tocantins
- Rondônia
- Sergipe
- Rio
Grande do Norte
- Mato
Grosso
- Pará
- Ceará
- Amazonas
- Alagoas
- Pernambuco
- Bahia
- Amapá
No comparativo 2022-2023, os maiores crescimentos foram
verificados em Mato Grosso do Sul (160,8%), Mato Grosso (104,6%) e Santa
Catarina (79,5%) em mortes decorrentes de intervenções policiais, segundo a
corporação e situação em serviço e fora de serviço.
Taxa de feminicídio
Na lista que aborda a taxa de feminicídio no Brasil, Mato
Grosso ficou em segundo lugar, com 2,5 no índice. No ano de 2023 foram 1.467
mulheres vítimas de feminicídio, o maior número já registrado desde que a lei
foi criada. Essa quantidade é alta e não se distribui de forma homogênea pelo
país, segundo os dados. Enquanto a taxa nacional de feminicídio em 2023 é de
1,4 mulheres mortas por grupo de 100 mil mulheres, 17 estados têm taxas mais
altas do que a média nacional, veja abaixo:
- Rondônia
(2,6);
- Mato
Grosso (2,5);
- Acre
(2,4);
- Tocantins
(2,4).
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