Brasil tem pior início de temporada na PFL; relembre histórico
Fonte: Ge ( Combate ) Foto: Foto: PFL
A última sexta-feira,
28 de junho, marcou não só o fim da primeira etapa da temporada regular da
Professional Fighters League (PFL), mas o pior desempenho brasileiro na
competição desde que o sistema dos playoffs foi adotado, em 2018. Essa é a
primeira vez que o Brasil terá apenas dois lutadores com chance de título.
Taila Santos, que luta na categoria peso-mosca, foi a primeira a confirmar
presença na próxima etapa da competição ao vencer seus dois primeiros desafios
no ano. Já Gabriel Braga avançou na categoria peso-pena após obter dois
triunfos contra Justin Gonzales e Bubba Jenkins.
Apesar de alguns
resultados negativos em 2024, os brasileiros colecionam títulos e são
referências na organização. Relembre a trajetória dos lutadores que representam
as cores do Brasil desde que o esquema dos playoffs foi adotado pela PFL.
2018
Quando a PFL adotou
o sistema de playoffs, era necessário ficar entre os oito primeiros colocados
para conquistar a classificação e chegar na segunda fase da competição em cada
uma das categorias. Nesse novo modelo de competição, os atletas brasileiros
tiveram um desempenho amimador. Após a conclusão da temporada regular, 10
lutadores se classificaram aos playoffs. O país foi bem representado nas seis
divisões, mas os atletas das categorias dos pesados, dos leves e dos
meio-pesados tiveram mais destaque e chegaram até a final.
Entre os pesados,
Francimar Bodão, Caio Alencar e Philipe Lins chegaram com chances. Depois de
fazer oito pontos na primeira etapa e se classificar como terceiro melhor da
categoria, Lins venceu o compatriota Caio Alencar nas quartas, o norte-americano
Jared Rosholt na semifinal e se tornou campeão da divisão após vencer Josh
Copeland com um nocaute técnico.
Na divisão dos
leves, Thiago Tavares passou em sexto lugar no grupo, venceu Islam Mamedov nas
quartas, mas acabou eliminado por Rashid Magomedov na semifinal. Já Natan
Schulte passou em primeiro lugar, com 9 pontos, e venceu os norte-americanos
Johnny Case e Chris Wade para chegar à grande final. Como último compromisso no
ano, o brasileiro não só obteve resultado positivo contra Rashid Magomedov por
decisão unânime, como conquistou o cinturão da categoria.
Na categoria dos
meio-pesados, Vinny Magalhães passou como líder do grupo, com 12 pontos, teve
Rakim Cleveland como adversário nas quartas e venceu a disputa. Na semifinal,
encarou Bazigit Atajev e não decepcionou os fãs. Como desafio na grande final,
o brasileiro encontrou com Sean O'Connell e perdeu o combate após sofrer um
nocaute técnico.
2019
Assim como em 2018,
a temporada da PFL trouxe seis categorias e, dessa vez, as mulheres puderam
participar do torneio na divisão peso-leve feminino. Após resultado promissor
no ano anterior, os brasileiros chegaram com o objetivo de igualar ou ampliar
as conquistas e Nathan Schulte não decepcionou. Além de fazer boas lutas no
decorrer da temporada, chegou à final e foi campeão do GP pela segunda vez.
Ao todo, o Brasil
teve nove representantes na competição e sete avançaram aos playoffs. Nas
divisões dos leves – masculino e feminino – que os atletas conseguiram chegar à
final. Entre os homens, Nathan Schulte somou 9 pontos na primeira etapa da
competição e passou em primeiro lugar. Nas quartas de final enfrentou e venceu
o norte-americano Ramsey Nijem. Na fase seguinte, encarou Akhmet Aliev e somou
mais um triunfo ao seu cartel. Na grande final, o brasileiro teve Loik
Radzhabov como adversário e conquistou mais um GP depois de vencer por decisão
unânime.
Nos leves entre as
mulheres, Larissa Pacheco passou em quarto lugar, após somar seis pontos.
Apesar da última colocação, a lutadora foi bem na semifinal e eliminou a então
líder do grupo, Sarah Kaufman. Na final, a brasileira encarou a norte-americana
Kayla Harrison e acabou perdendo a disputa.
2021
A partir desse ano,
a passagem para os playoffs ficou mais disputada pelos homens. Se antes os
lutadores precisavam estar entre os oito melhores para passar de fase, a partir
de 2021 passou a ser necessário ficar no top 4 para continuar na busca do
prêmio de um milhão de dólares. Essa regra não afetou as mulheres, uma vez que
já seguiam esse esquema. Nessa temporada, 13 atletas brasileiros participaram
da etapa regular e cinco chegaram aos playoffs.
Na categoria dos
pesos-pesados, Bruno Cappelozza fez duas boas primeiras lutas e avançou em
primeiro lugar no grupo, com 12 pontos. Depois de enfrentar o norte-americano
Jamelle Jones e vencer por nocaute técnico, o brasileiro disputou o título da
categoria contra Ante Delija e conquistou a vitória por decisão unânime.
Entre os
meio-pesados, Antônio “Cara de Sapato” passou em primeiro depois de somar 7
pontos e não decepcionou os fãs de esporte de combate. Na semifinal, duelou
contra o argentino Emiliano Sordi e venceu por decisão unânime. Na grande
final, encontrou com Marthin Hamlet e não só obteve um resultado positivo, como
levou o cinturão da divisão para casa.
Raush Manfio também
chegou à segunda etapa da disputa com chances de título. Ele avançou em
terceiro lugar, com seis pontos, teve o norte-americano Clay Collard como
penúltimo desafio na temporada e venceu o combate. Na final, enfrentou Loik
Radzhabov e não perdoou o atleta Tajiquistão, levando o título dos leves.
2022
A temporada foi marcada por um nome: Larissa Pacheco. Depois de bater na trave em 2019 ao chegar na final e perder para a norte-americana Kayla Harrison, a lutadora voltou ainda mais focada e levou o Brasil ao topo do pódio. Naquele ano, 16 atletas participaram da etapa regular e cinco avançaram para a segunda fase. Além de Pacheco, Renan 'Problema', Matheus Scheffel, Delan Monte e Carlos Leal foram para os playoffs.
Na categoria dos leves
feminina, Larissa Pacheco fez ótimo começo de torneio e, diferente do primeiro
ano, passou em primeiro lugar no grupo, com 12 pontos. Na semifinal, subiu no
cage contra Olena Kolesnyk e venceu a adversária por nocaute técnico. Na final,
reencontrou Kayla Harrison e, dessa vez, não deixou a vitória escapar. Após
cinco rounds, a brasileira conquistou o cinturão da categoria por decisão
unânime.
2023
Na última temporada,
Larrisa Pacheco voltou a ser um dos destaques positivos da competição. Depois
de conquistar o título dos leves em 2022, mudou de categoria e venceu mais uma
vez. Junto com ela, Renan "Problema" e Gabriel Braga chegaram à final
em suas divisões. Nesse ano, 13 brasileiros disputaram a etapa regular e cinco
avançaram aos playoffs. Além dos três atletas citados anteriormente, Carlos
Leal e Bruno Miranda passaram de fase.
Pacheco não só
conquistou o segundo cinturão, mas fez história ao se tornar a primeira
lutadora campeã de duas divisões de peso na PFL. Após somar nove pontos na
primeira etapa e avançar em primeiro lugar, a atleta enfrentou Olena Kolesnyk e
venceu o combate com um nocaute técnico. Na grande final, encontrou com Marina
Mokhnatkina, somou mais uma vitória ao seu cartel e conquistou mais um título
na organização, desta vez na categoria peso-pena.
Renan
"Problema" também representou o Brasil muito bem na última temporada.
Somou nove pontos na primeira etapa e e passou em segundo lugar entre os
pesados. Já na semifinal, Problema não tomou conhecimento do adversário e
liquidou a fatura contra Maurício Greene no final do primeiro round. Na última
luta do ano, enfrentou Denis Goltsov e levou o russo à lona no início do
segundo assalto para levar o cheque de um milhão de dólares para casa.
Nessa mesma edição,
Gabriel Braga teve ótima performance em seu ano de estreia na organização.
Depois de vencer os primeiros desafios e passar em segundo lugar, com nove
pontos, o brasileiro enfrentou o norte-americano Chris Wade e venceu por
decisão dividida. Na final, o jovem enfrentou o peruano Jesus Pinedo e perdeu o
combate no terceiro round.
Para a temporada
2024, o Brasil conta com dois representantes na segunda etapa da competição.
Entre as mulheres, Taila Santos enfrenta Liz Carmouche nas semifinais da
categoria peso-mosca. Já do lado masculino, Gabriel Braga encara o russo Timur
Khizriev na categoria dos penas.
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