Brasil chega a 3 mil mortes confirmadas por dengue em 2024
Fonte: G1 Foto: Foto: AP Photo/Felipe Dana |
Este é o maior número desde o início da série
histórica, em 2000. O recorde anterior de óbitos ocorreu em 2023, com 1.179.
Já o terceiro ano com maior número foi 2022 com 1.053.
Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da
Saúde, o país registrou, nas primeiras vinte semanas deste ano, as seguintes
taxas relativas à doença:
- 5.213.564
casos (marca inédita desde o início da série histórica, em 2000);
- 3
mil mortes confirmadas;
- 2.666
óbitos em investigação.
Em fevereiro, a secretária de Vigilância em Saúde do
Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirmou que a estimativa do Ministério da
Saúde era de que o país registrasse, neste ano, 4,2
milhões de casos. Mesmo antes do fim do 1º semestre, esse
número já foi batido.
O estado de São Paulo concentra o maior número de mortes
(805), seguido por Minas Gerais (519), Paraná (367) e Distrito Federal (365).
Na outra ponta, Acre e Roraima não registraram nenhum óbito por dengue este
ano.
Tipos de dengue no Brasil
A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas
arboviroses. O vírus é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes
aegypti e possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 —
todos podem causar as diferentes formas da doença.
No último informe do Ministério da Saúde, três sorotipos
estão com circulação simultânea no país, com mais ênfase para os sorotipos 1 e
2.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença,
porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como
diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e
outras complicações que podem levar à morte.
Uma pessoa pode ter dengue até quatro vezes ao longo de sua
vida. Isso ocorre porque ela pode ser infectada com aos quatro diferentes
sorotipos do vírus. Uma vez exposta a um determinado sorotipo, após a remissão
da doença, ela passa a ter imunidade para aquele sorotipo específico.
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