Adolescentes consomem bebidas alcoólicas e cigarros eletrônicos cada vez mais cedo, indica OMS
Fonte: Tv Cultura Foto: Reprodução/YouTube/Jornalismo TV Cultura |
Estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou
que jovens da Europa, Ásia e Canadá estão iniciando o
consumo de bebida alcoólica e cigarros eletrônicos cada vez mais cedo. Mais
da metade dos adolescentes de 15 anos admitiram já ter consumido bebidas. Um a
cada cinco das pessoas que participaram na pesquisa consumiram os “vapes”.
A substância mais consumida é o álcool. Ao todo, 57% dos
jovens beberam pelo menos uma vez. Cerca de 37% consumiram algum produto nos
últimos 30 dias. 9% dos pesquisados admitiram que ficaram bêbados pelo menos
duas vezes.
“A gente tem uma percepção de que é ‘ok’ beber, por exemplo,
seis unidades de álcool, que é considerado nocivo. Já é dentro da categoria de
beber abusivamente. Isso é a média que o brasileiro acha que a quantidade
normal de se beber. E que a gente já considera um nível de beber abusivo, que
já está relacionado a uma série de danos. Não só o câncer, que isso está vindo
à tona agora com essas pesquisas mostrando associação com câncer”, diz Clarice
Madruga, pesquisadora do Departamento de Psiquiatria da Unifesp.
Os cigarros eletrônicos, proibidos no Brasil pela Anvisa,
também preocupam. De acordo com a OMS, eles são mais populares que os
convencionais. 32% dos adolescentes de 15 anos já consumiram.
Além da ajuda dos país, é necessário que o governo invista
em políticas públicas para manter os jovens longe de substâncias nocivas.
“A gente entende o
quanto que o Brasil é um país que não tem um imposto seletivo, que controla o
acesso a substâncias que fazem mal à saúde. Então, é importante entender que o
consumo de álcool para adolescentes só vai diminuir se houverem essas políticas
que passam o álcool um pouco mais caro, que façam acesso menos facilitado, a
gente tá num país de muito acesso, né? A gente não tem licença, por exemplo,
para vender álcool especificamente, qualquer lugar vende álcool, uma padaria
vende álcool no Brasil, isso não existe nos outros lugares do mundo”, finaliza
a psiquiatra.
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