Por que o presidente norte-americano é sempre democrata ou republicano? Entenda
Fonte: Tv Cultura Foto: Unsplash |
Nas eleições presidenciais norte-americanas dos
últimos anos, a certeza que existe é a de que sempre o vencedor será um
candidato republicano ou democrata.
Desde 1852, os Estados Unidos sempre
tiveram presidentes do Partido Democrata ou do Partido
Republicano. No entanto, isso não significa que não possam existir outros
partidos. Acontece que siglas menores não têm força o
suficiente para disputar com estes dois.
Na prática, a eleição indireta é um dos
principais fatores que explica o bipartidarismo estadunidense.
Nesse modelo, o voto dos cidadãos serve para formar o Colégio Eleitoral,
que se encarrega de eleger o presidente. Ao todo, 538
delegados compõem o Colégio Eleitoral dos Estados Unidos.
Outro fator determinante é a autonomia dos estados.
Nos EUA, em 48 estados e em Washington D.C., o candidato que
obtiver a maioria simples dos votos populares obtém todos os
representantes do Colégio Eleitoral.
A Califórnia, por exemplo, possui 55
delegados. Logo, o candidato que ganhar o maior número de votos no estado, fica
com todos os delegados no Colégio Eleitoral. Dessa forma, nada é
distribuído ao segundo e terceiro lugar. Ainda de acordo com Duverger,
terceiros partidos não conseguem disputar, pois quem recebe 15% ou 25% dos
votos não é recompensado.
Assim, esse tipo de eleição incentiva o voto
útil dos eleitores, fazendo com que eles escolham candidatos que
tenham mais chance de ganhar, já que seus votos seriam “desperdiçados” se
optassem por uma terceira via. Por isso, existe a tendência de
sempre escolher por candidatos republicanos ou democratas.
Por fim, outra dificuldade é a arrecadação de
dinheiro para as campanhas. A maioria dos doadores não quer doar para
candidatos que não tenham chances reais de sucesso. Por essas
razões, é mais simples concorrer dentro da estrutura já existente nos partidos
Democrata e Republicano, que recebem investimento constante.
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