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Deriva de agrotóxicos ameaça criação do bicho da seda

Fonte: G1  Foto: TV TEM

 

O centro-oeste paulista tem um papel importante na criação do bicho-da-seda. A atividade reúne pequenos produtores que lidam com uma ameaça: a contaminação por agrotóxicos das amoreiras, principal alimento dos insetos, que dificultando o crescimento do setor.

Em uma fábrica que fica em Bastos (SP), que é a única do Brasil a trabalhar com produtos de origem do bicho-da-seda, os casulos são recebidos, separados e seguem para o cozimento para dar início ao processo de fiação. Pouco tempo depois, o fio de seda está pronto para passar pelo acabamento.

Cada casulo rende aproximadamente 1.400 metros de fio e o maior desafio da empresa é entregar fios com qualidade cada vez maior para atender às demandas do mercado.

Finalizados, os fios de seda são exportados para o mundo todo. No ano passado, mais de 260 toneladas foram produzidas. Apesar disso, a indústria tem capacidade para produzir quatro vezes mais, o que não foi possível por causa da realidade no campo.

No município de Moreiras (SP), Regina Bizinotti cria lagartas há mais de 30 anos, e para alimentá-las, tem uma pequena plantação de amoreiras, suficiente para manter os bichos-da-seda.

A maior dificuldade encontrada por Regina é a contaminação por agrotóxicos que são aplicados na região. Ela conta que já chegou a perder toda a produção por conta disso.

Atualmente, o Brasil tem pouco mais de 1.000 famílias que trabalham com a criação do bicho-da-seda, número bem menor do que em épocas anteriores.

Genildo é um dos 1.200 criadores do inseto no país, ele cria em média 12 caixas de lagartas e vende aproximadamente 600 quilos de casulos por mês.

O que contribui para os bons resultados é que por perto da sua propriedade não existe nenhuma lavoura e recebe aplicação de agrotóxicos, e por isso, consegue manter a mesma média de produção.




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