Programa de Volta para Casa completa 20 anos com mais de 8 mil pessoas atendidas
Fonte: Ministério da Saúde Foto: Reprodução Internet |
Com o objetivo de auxiliar na
reabilitação psicossocial de pessoas com transtornos mentais e histórico de
internações de longa permanência, o Programa de Volta para Casa foi instituído
em 31 de julho de 2003, na primeira gestão do presidente Lula. Ao longo dos
últimos 20 anos, mais de 8 mil pessoas foram atendidas. Neste ano, como parte
das ações para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério
da Saúde ampliou em R$ 200 milhões o orçamento da Rede de Atenção Psicossocial
(RAPS).
A iniciativa tem o objetivo de
aumentar a assistência na rede de saúde mental no SUS em todo Brasil. A
consolidação da política de saúde mental, focada em assegurar dignidade,
cuidado integral, humanizado e em liberdade, além de reinserção psicossocial e
garantia dos direitos humanos, está entre as ações prioritárias do governo
federal. No período de um ano, até julho de 2024, haverá incremento de R$ 414
milhões que serão repassados para estados, municípios e Distrito Federal. Com
esses novos valores, o aumento do orçamento da rede chega a 27%. A pasta vai
continuar expandindo a oferta de serviços de saúde mental e também o número de
novos beneficiários do Programa de Volta para Casa.
Para potencializar a reinserção
social de pessoas que passaram dois anos ou mais internados ininterruptamente
em hospitais psiquiátricos ou de custódia, o Programa de Volta para Casa dispõe
de auxílio-reabilitação psicossocial, com valor atual de R$ 500. A estratégia
visa favorecer a ampliação da rede de relações destas pessoas e o seu
bem-estar, além de estimular o exercício pleno dos seus direitos civis,
políticos e de cidadania, fora da unidade hospitalar.
Em seu discurso de posse, a
ministra Nísia assumiu a responsabilidade de alinhar projetos como esse à
reforma psiquiátrica brasileira e às produções coletivas da luta
antimanicomial, garantindo políticas de cuidado integral e humanizado pelo SUS.
Nesse contexto, o fortalecimento do programa é uma das prioridades do
Departamento de Saúde Mental do Ministério da Saúde. A pasta tem se esforçado
para que mais pessoas tenham acesso ao benefício. O Programa de Volta para Casa
atende, atualmente, 4 mil pessoas em todo o país. Uma vez acessado, o benefício
será para toda a vida. Todos os meses ocorre inclusão de novos
beneficiários.
Ao longo de duas décadas, o
programa se tornou um agente transformador, trabalhando em conjunto com os
serviços da RAPS, que oferecem suporte e acompanhamento em saúde mental em
serviços comunitários que substituem gradualmente o antigo modelo hospitalar.
Grande parte dos beneficiários do Programa de Volta para Casa também são
moradores de uma das 870 Residências Terapêuticas existentes no País — um
serviço oferecido pelo SUS.
A lista dos estabelecimentos que
oferecem cuidado em saúde mental no Brasil pode ser conferida no mapa
interativo elaborado pelo Ministério da Saúde. A ferramenta pode
ser consultada
aqui.
Departamento de Saúde Mental
Diante da importância do cuidado
em saúde mental para todos os brasileiros, o Ministério da Saúde criou o
Departamento de Saúde Mental. Em caráter imediato, a pasta retomou a
habilitação de novos serviços, bem como iniciou a recomposição do custeio dos
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e dos Serviços Residenciais Terapêuticos
(SRT).
O Brasil tem hoje uma das maiores
redes de saúde mental do mundo, internacionalmente reconhecida pela Organização
Mundial de Saúde (OMS). Estudos acadêmicos reiteram que a ampliação da oferta
de serviços comunitários em saúde mental diminui a demanda por hospitalização,
assegurando mais qualidade de vida para a população.
CAPS e SRT
Os Centros de Atenção
Psicossocial (Caps) são serviços de saúde de caráter aberto e comunitário
voltados aos atendimentos de pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno
mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool, drogas
e outras substâncias, que se encontram em situações de crise ou em processos de
reabilitação psicossocial.
Nos estabelecimentos atuam
equipes multiprofissionais, que empregam diferentes intervenções e estratégias
de acolhimento, como psicoterapia, seguimento clínico em psiquiatria, terapia
ocupacional, reabilitação neuropsicológica, oficinas terapêuticas, medicação
assistida, atendimentos familiares e domiciliares, entre outros.
O Serviço Residencial Terapêutico
(SRT) são casas localizadas no espaço urbano, constituídas para responder às
necessidades de moradia de pessoas portadoras de transtornos mentais graves.
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