MT notifica mais de 200 casos de malária nos primeiros meses de 2023
Fonte: G1MT Foto:Ministério da Saúde
Nos primeiros meses deste ano foram notificados 216 casos de
malária em Mato Grosso, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (
SES-MT). Os municípios com maior incidência de casos, são Aripuanã, Pontes e
Lacerda e Colniza. A doença atinge populações de maior vulnerabilidade social e
ainda representa um problema de saúde pública.
Nesta semana, o Ministério da Saúde lançou uma campanha de
prevenção e combate ao mosquito transmissor da malária, com foco na região
Amazônica, que concentra 99% dos casos no país.
Nos últimos quatro anos, o estado registrou mais de 11 mil
casos da doença. Em 2019, foram registrados 2.275 casos no estado, número que
aumentou, em 2020, para 3.587 casos e, em 2021, para houve o registro de 4.225
casos.
Em 2022 foram 1.590 casos, porém o levantamento de 2022
ainda apresenta dados parciais, porque alguns municípios ainda estão
atualizando o sistema, e pode sofrer alterações.
De acordo com Oberdan Ferreira, secretário adjunto de
atenção e vigilância em saúde da Ses, a secretaria realiza ações de combate e
prevenção a doença principalmente nas regiões de garimpo. "Nós realizamos
treinamento das equipes de saúde e distribuição de testes rápidos para que a
gente possa detectar em tempo oportuno a doença e dessa maneira iniciar o tratamento
e eliminar a transmissão", disse.
Ainda segundo o secretário, são realizadas ações de
distribuição de mosqueteiros com inseticidas, além do uso do fumacê nas regiões
rurais.
A malária é uma doença infecciosa, febril, aguda e
potencialmente grave. A infecção pode acontecer por picada do mosquito do
gênero Anopheles, também conhecido como mosquito-prego, por transfusão de
sangue contaminado, através da placenta (congênita) para o feto e por meio de
seringas infectadas.
Entre os sintomas, a pessoa infectada pode apresentar febre
alta, calafrios intensos que se alternam com ondas de calor e suor excessivo,
dor de cabeça e no corpo, falta de apetite, pele amarelada e cansaço.
Dependendo do tipo da doença, esses sintomas se repetem a cada dois ou três
dias.
O período de incubação varia de 7 a 28 dias a partir do
momento da picada. Para confirmar o diagnóstico, as unidades básicas de saúde
fazem o teste rápido, que consiste em retirar uma gota de sangue da ponta do
dedo e analisar. O tratamento padronizado pelo Ministério da Saúde é feita por
via oral e não deve ser interrompido.
Recomendações
Use repelente no corpo todo, camisa de mangas compridas e
mosquiteiro quando estiver em zonas endêmicas
Evite banhos em igarapés e lagoas ou expor-se a águas
paradas ao anoitecer e ao amanhecer, horários em que os mosquitos mais atacam,
se estiver numa região endêmica;
Procure um serviço especializado se for viajar para regiões
onde a transmissão da doença é alta, para tomar medicamentos antes, durante e
depois da viagem;
Não faça prevenção por conta própria e, mesmo que tenha
feito, se tiver febre, procure atendimento médico.
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