LGBTFobia: Brasil é o país que mais mata quem apenas quer ter o direito de ser quem é
Fonte: CNN Brasil Foto:Ingo Rösler/Getty Images
Imagine a seguinte cena: você
está andando livremente na rua e é espancado até a morte simplesmente pelo fato
de ser quem você é. Ou você é morto a tiros enquanto caminha de mãos dadas ao
lado de quem você escolheu para amar. Cenas trágicas, impactantes e onde
qualquer semelhança com a realidade não é coincidência. É realidade mesmo!
Essa foi a realidade da travesti
cearense Dandara dos Santos, de 42 anos,
em 2017 e também do jovem gay Eliel Ferreira Cavalcante Júnior, de 25
anos, em 2022. Realidade também de outras 273 pessoas em 2022, mortas de forma
violenta por fazerem parte da comunidade LGBTQIAP+. Todas essas mortes causadas
por uma única motivação: LGBTFOBIA! E a gente precisa URGENTE falar sobre isso.
De acordo com o Dossiê Mortes e
Violência contra LGBTI+ no Brasil, nossos jovens da comunidade LGBTI+ estão
entre as principais vítimas. Imagine, de novo, não completar 30 anos e ter sua
vida ceifada por esse tipo de discriminação. Desde 2019, a LGBTfobia é crime no
Brasil com punição de 1 a 3 anos de prisão, sem fiança e imprescritível.
Uma vitória nos direitos e na
vida de quem só quer viver como quiser e amar quem quiser. A boa notícia é que
a lei tem saído do papel e sido efetivada pelo Judiciário mas ainda é preciso
mais efetividade e cumprimento dela. Afinal, leis são para serem cumpridas né?
O último suspeito de participação
na morte da travesti Dandara dos Santos, por exemplo, foi condenado a 16 anos
de reclusão em júri popular em 2021. No caso do jovem Eliel, três suspeitos
foram denunciados pelo Ministério Público.
Na semana do dia internacional
contra a LGBTfobia, celebrado em 17 de maio, é mais do que urgente refletir
sobre essa violência brutal que atinge tanta gente todos os anos e fazer com
que todos nós – independente da bandeira que você defenda – possa defender a
vida e pregar o respeito por todos. Um respeito que é direito de todos e que
começa com cada um de nós para que a gente possa celebrar mais vidas e chorar
menos por elas.
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