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Ministério da Saúde descartou 1 milhão de canetas de insulina por perda de validade em 2020 e 2021

 

Fonte: CNN Brasil  Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF

Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o Ministério da Saúde descartou 999,7 mil canetas de insulina de ação rápida.

Utilizados no controle do diabetes, os insumos perderam a validade entre os meses de setembro de 2020 a junho de 2021. Os produtos inutilizados podem chegar ao custo de quase R$ 15 milhões.

Os dados obtidos pela CNN revelam ainda que foram incinerados medicamentos de importância em saúde pública, incluindo remédios utilizados no tratamento do HIV, como o atazanavir, e da hepatite, como o sofosbuvir.

Em nota, o Ministério da Saúde, sob a gestão de Nísia Trindade, informou que “o atual cenário de desperdício de medicamentos, vacinas e outros insumos de saúde reflete o descaso do governo anterior, que negou à equipe de transição informações sobre estoques e validade desses produtos”.

A CNN entrou em contato com o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga e aguarda retorno.

Anteriormente, a CNN mostrou que quase 39 milhões de vacinas contra a Covid-19 tiveram prazo de validade expirado e precisaram ser descartadas desde 2021, ainda durante o governo Bolsonaro.

Segundo o Ministério, a atual gestão trabalha na adequação dos estoques e no aprimoramento do planejamento e estratégia de distribuição com o objetivo de evitar novos desperdícios (veja a íntegra da nota abaixo).

Diabetes afeta mais de 12 milhões no Brasil

Cerca de 12,3 milhões de pessoas vivem com diabetes no Brasil, de acordo com estimativas do Ministério da Saúde. Uma das formas de combater o avanço do diabetes é o diagnóstico precoce e a prevenção, não somente para a adoção de medicamentos, mas para a promoção de hábitos mais saudáveis.

Diabetes é uma síndrome metabólica e multifatorial que faz com que o organismo desenvolva defeitos na ação ou produção da insulina.

A condição é caracterizada pela hiperglicemia crônica, que é o aumento dos níveis de açúcar no sangue e se desenvolve por meio de fatores genéticos, biológicos e ambientais. Pode ser classificado como diabetes tipo 1 ou tipo 2.

O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, na qual o organismo desenvolve anticorpos contra componentes do próprio corpo, como a insulina, ligada ao início da vida, geralmente desenvolvida entre a infância e a adolescência.

A falta de insulina leva ao aumento da glicemia no organismo. A doença geralmente se apresenta na infância ou na adolescência e, entre os sintomas da diabete tipo 1, estão formigamento em pernas e pés, feridas que demoram a cicatrizar e fungos nas unhas. Sede constante, boca seca, vontade de urinar a toda hora e perda de peso também são considerados sintomas.

Já no tipo 2, o corpo até produz insulina, mas a substância não consegue agir no organismo devido a uma resistência causada pelo excesso de gordura abdominal. “Diabetes tipo 2 é uma doença de progressão lenta, que geralmente ocorre em idades mais avançadas, sendo consequência de uma combinação entre fatores genéticos e um estilo de vida menos saudável”, diz o professor Luiz Osório Silveira Leiria, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).

Íntegra da nota do Ministério da Saúde

O atual cenário de desperdício de medicamentos, vacinas e outros insumos de saúde reflete o descaso do governo anterior, que negou à equipe de transição informações sobre estoques e validade desses produtos.

Assim, desde que assumiu, a atual gestão do Ministério da Saúde trabalha na adequação dos estoques e no aprimoramento do planejamento e estratégia de distribuição. Há ainda a busca de uma solução pactuada com os conselhos de secretários estaduais e municipais de saúde com o objetivo de evitar novos desperdícios.

O esforço para utilização e distribuição dos insumos de saúde, representa um ato de respeito e responsabilidade com o povo brasileiro.



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