Fenômeno El Niño pode retornar em 2023, alerta Organização Meteorológica Mundial
MUNDO
Fonte: CNN Brasil Foto:GETTY IMAGES
A previsão é da Organização
Meteorológica Mundial (OMM), com base em estudos realizados por entidades
parceiras, entre elas o UK’s Met Office, do Reino Unido. A agência da ONU
afirma que existe uma probabilidade de 15% do El Niño voltar entre abril e junho.
As chances sobem para 35% entre maio e julho. E são de 55% de junho a agosto.
De acordo com meteorologistas, o
período seguinte será conhecido como de condições neutras Enso, o que significa
“nem El Niño nem La Niña”, o que pode ocorrer entre este mês até maio com 90%
de chance. A previsão é resultado de modelos e avaliações de peritos que
trabalham na atualização das informações.
De acordo com a Organização
Meteorológica Mundial (OMM), existe uma incerteza associada às previsões para
esta época do ano.
O secretário-geral da agência,
Petteri Taalas, afirma que o período de três anos consecutivos do La Niña está
chegando ao final, assim como o efeito de resfriamento que freou,
temporariamente, o aumento das temperaturas globais, ainda que os últimos oito
anos tenham sido os mais quentes já registrados.
Taalas avalia que com a chegada
do El Niño, as temperaturas globais voltem a subir. A OMM lembra que 2016 é até
agora o mais quente da história por causa da combinação do fenômeno
meteorológico com a mudança climática.
Aquecimento
Existe 93% de chance de pelo menos um ano até 2026 se tornar o mais quente, segundo os modelos apresentados. O mesmo modelo apresenta uma probabilidade de 50% de chance de a temperatura global alcançar 1.5°C acima dos níveis da era pré-industrial. As informações foram divulgadas no ano passado pelo Escritório de Meteorologia do Reino Unido, o UK Met Office.
O La Niña atual começou em
setembro de 2020 com uma pausa breve do verão boreal de 2021. O resfriamento em
larga escala é um cenário oposto ao que se vê com o El Niño, que tem um impacto
de aquecimento.
No mês passado, a OMM divulgou um
panorama regional para o continente africano sobre a situação catastrófica do
Chifre da África que pode piorar por causa da expectativa de pouca chuva
prevista para a estação de março a maio deste ano.
O La Niña tem sido associado à
seca na região assim como em partes da América do Sul, e a uma estação de
chuvas acima do normal no sudeste da Ásia e na Australásia, que inclui
Austrália, Nova Zelândia, Nova Guiné e outras ilhas da região.
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