Crianças não vacinadas representam 90% dos casos moderados a graves de Covid-19, diz estudo
SAÚDE
Fonte: CNN Brasil com Instituto Butantan Foto: Cristine Rochol/PMPA
Crianças
não vacinadas são mais propensas a desenvolver sintomas graves de Covid-19,
representando 90% dos casos moderados a graves da doença entre o público
pediátrico. Os dados são de um estudo publicado no periódico International
Journal of Infectious Diseases.
A
pesquisa revela ainda que na ausência da imunização elas liberam partículas
virais por mais tempo, fator que influencia na transmissão do coronavírus.
A
análise foi conduzida por pesquisadores de diferentes universidades chinesas
durante o surto da variante Ômicron em Xangai, entre março e maio de 2022. As
crianças aptas para vacinação na época receberam Coronavac ou a vacina
inativada da Sinopharm.
Do
total de participantes do estudo, 38,6% eram assintomáticos. A maior parte dos
casos sem sintomas ocorreram em crianças que estavam com o esquema completo de
imunização, da faixa etária de 6 a 17 anos. Dos quadros moderados a graves,
90,6% aconteceram em não vacinados. Além da falta de imunização, sobrepeso e
obesidade foram outros fatores de risco observados para o desenvolvimento de
doença grave, de acordo com a pesquisa.
Um estudo anterior, também conduzido durante o surto da Ômicron na cidade chinesa, mostrou que mais de 70% das crianças com Covid-19 que manifestaram sintomas ainda não tinham tomado a vacina. A infecção sintomática foi mais frequente no grupo com idade menor que 3 anos, seguido do grupo de 3 a 5 anos.
Esquema
vacinal contra a Covid-19 para crianças
No
Brasil, crianças de 6 meses a 5 anos, que receberam Pfizer Baby, tem o esquema
básico de três doses, com intervalo de quatro semanas após a dose 1 e oito
semanas entre a dose 2 e dose 3.
Crianças
de 6 anos ou mais devem receber um esquema básico de duas doses, além de um
reforço. A vacina Coronavac possui duas doses, recomendação que vai em bula e é
regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
As
crianças de 3 a 5 anos que receberam, por exemplo, Coronavac, em duas doses,
devem receber um reforço, uma dose a mais de Pfizer, que é o imunizante de RNA
mensageiro.
Crianças
de 6 meses a menores de 5 anos:
Vacina
Pfizer: 1ª dose, 2ª dose, 3ª dose
Intervalo:
4 semanas após a dose 1 e 8 semanas após a dose 2
Crianças
de 3 anos a menores de 5 anos:
Vacina
Coronavac: 1ª dose, 2ª dose e reforço
Intervalo:
4 semanas entre dose 1 e dose 2 e reforço 4 meses após a dose 2, feito
preferencialmente com a vacina da Pfizer
Crianças
de 5 anos a 11 anos:
Vacina Pfizer: 1ª dose, 2ª dose e reforço
Intervalo:
8 semanas entre dose 1 e dose 2 e reforço 4 meses após a dose 2, feito
preferencialmente com a vacina da Pfizer
Vacina
Coronavac: 1ª dose, 2ª dose e reforço
Intervalo:
4 semanas entre dose 1 e dose 2 e reforço 4 meses após a dose 2, feito
preferencialmente com a vacina da Pfizer
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