Mulher vai a hospital no Rio para dar à luz e sai com mão amputada
BRASIL
Fonte: G1 Foto: Reprodução Tv Globo
Uma mulher de 24 anos foi a um
hospital para dar à luz e teve a mão e punho esquerdos amputados. A família
conta que não sabe o que aconteceu e cobra uma resposta da unidade de saúde.
“Para mim, está sendo um
recomeço. Porque eu estou me refazendo. Eu tive a minha mão por 24 anos. Fui
apenas ganhar um bebê e voltar sem ela, para mim, foi um pouco estranho. Para
qualquer pessoa”, contou a mulher, que não quis ter a identidade divulgada.
A paciente teve uma hemorragia
depois do parto. Segundo os familiares da jovem, por causa da complicação, os
médicos decidiram criar um acesso venoso na mão dela para introduzir a
medicação. Mas, durante o procedimento, a jovem relata que começou a sentir
muita dor e incômodo no membro.
Mão roxa e inchada
Logo depois, a mão foi ficando
roxa e inchada. O quadro de saúde da jovem foi se agravando, e os médicos
decidiram transferi-la para outro hospital da mesma rede, em São Gonçalo, na
Região Metropolitana.
“A mão da minha filha estava
ficando roxa e muito inchada. E aí perguntei o que iam fazer com aquilo. A
única coisa que estavam fazendo é uma bolsa com gel, botava no micro-ondas,
esquentava, e dava para ela. E a minha filha reclamando que estava queimando”,
afirmou Kelly Cristina dos Santos, mãe da paciente.
Três dias após o nascimento da
bebê, ela e os familiares receberam a notícia de que a mulher teria que amputar
a mão.
“A porcentagem seria mínima dela
sobreviver. Seria 95% de não ter a mão, deles terem que amputar. E de 5% de
reverter o caso. Mas, infelizmente, esses 95% venceram”, disse a mãe da jovem.
O que diz o hospital
Por meio de nota, o Hospital da Mulher Intermédica de Jacarepaguá afirmou que se solidariza com a vítima e lamenta o ocorrido. A unidade afirmou ainda que vai apurar o caso e os procedimentos adotados durante o atendimento da jovem e disse estar à disposição para esclarecimentos.
A Polícia Civil informou que o
caso foi registrado na 41ªDP (Tanque) como lesão corporal culposa, que está
ouvindo testemunhas e que pediu os documentos médicos para ajudar nas
investigações.
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