Mensagens compartilhadas em grupos bolsonaristas falam em “hora de sujar mãos de sangue”
POLÍTICA
Fonte: CNN Brasil Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Apoiadores do ex-presidente Jair
Bolsonaro têm aumentado o tom das ameaças contra o atual governo, do presidente
Lula, e alguns membros de grupos de Telegram chegam a falar em “hora de sujar
as mãos de sangue”. As mensagens têm sido compartilhadas desde o último dia 1º,
data da posse do presidente eleito em outubro passado. Grupos planejam ato
coordenado em Brasília no próximo fim de semana (7 e 8 de janeiro).
Reprodução
Algumas mensagens são menos
diretas e trazem falas como “as coisas não vão ser mais tão bonitas”. Outra
recomendação nos grupos, é para que apenas os manifestantes homens estejam
presentes e para que deixem de levar mulheres, crianças e idosos.
Além disso, circula uma mensagem
em vídeo, que pede o bloqueio de postos de gasolina, caminhões de transporte de
combustíveis e de alimentos. O objetivo, seria criar uma situação de emergência
que forçaria uma ação dos militares das forças armadas.
Há ainda a organização de
caravanas de ônibus, previstas para partirem de diversas cidades do país na
sexta-feira, dia 6, em direção à Brasília. Os manifestantes planejam
intensificar as manifestações na capital do país, mais especificamente na praça
dos três poderes.
Divergências e acusações
Apesar do tom mais belicoso de alguns membros dos grupos, há pessoas nas mesmas redes que pedem que as manifestações sejam pacíficas e que aconteçam apenas no fim de semana.
Outra manifestação que tem se
tornado mais comum, é a troca de acusações de que um membro ou outro é um
“esquerdista” infiltrado querendo “derrubar o moral” dos grupos.
As acusações acontecem quando se
compartilham vídeos das ações criminosas que aconteceram no dia 12 de dezembro
e quando alguém critica o ex-presidente ou seus aliados.
Para alguns membros dos grupos, o
ex-presidente Bolsonaro, seus ex-ministros e o ex-vice-presidente Hamilton
Mourão teriam abandonado o “povo patriota” e pedem o fim das mobilizações.
Essas mensagens são as mais atacadas como sendo de “infiltrados”.
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