POLÍTICA
Fonte: CNN Brasil Foto: Divulgação/Flickr TCU
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) inicia o seu terceiro governo com ao menos 8.674 obras inacabadas
pela gestão anterior. É o que mostra relatório do Tribunal de Contas da União
(TCU), o qual a CNN teve acesso.
Nos próximos dias, a Casa Civil
da Presidência da República deve disponibilizar aos prefeitos e governadores
uma ferramenta para que atualizem os dados sobre os projetos realizados com
dinheiro da União que estejam nessa situação.
Segundo o levantamento do TCU, o
percentual de obras não concluídas no país com recursos federais aumentou de
29% para 38,5% nos últimos dois anos. São projetos que já receberam R$ 27,2
bilhões em repasses. Os estados com mais obras paradas são Maranhão, Bahia e
Pará.
Os grupos técnicos responsáveis
pela transição do governo já haviam apontando que as obras paradas seriam uma
das heranças deixadas por Jair Bolsonaro (PL).
Pelas contas do vice-presidente,
Geraldo Alckmin (PSB), que coordenou os trabalhos, o número de construções
inacabadas pode ser ainda maior, se levado em consideração o uso de recursos de
estatais, agências e universidades.
No dia 22 de dezembro, ao
divulgar o balanço das ações da transição, Alckmin disse que “o governo
[anterior] deixaria um legado de 14 mil obras públicas paralisadas em todo o
país”.
De acordo com ele, estão paradas
obras de construção de escolas, hospitais, pontes, praças, rodovias, ciclovias,
quadras esportivas, mercados públicos, abrigos, casas populares, aterros
sanitários, sistemas de saneamento e urbanização, terminais de passageiros e
diversos outros empreendimentos.
No documento final elaborado pela
transição, os técnicos declaram claro a necessidade do novo governo em adotar
medidas e implementar novos projetos para a retomada de obras paralisadas, mas
que é necessário adequar as previsões orçamentárias e capacidade de
investimento no setor.
“A retomada das obras é um fator
indispensável para a recuperação e melhoria da infraestrutura do país, o
crescimento econômico sustentável e a geração de emprego e renda.” aponta o
documento.
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