Richarlison: antes de ir à Copa, jogador 'adotou' onça-pintada no Pantanal
FAMA
Fonte: G1 Foto: Gabriela Batista e Edu Fragoso/Reprodução
Mais que ter decidido a partida
entre Brasil e Sérvia, na quinta-feira (24), Richarlison esbanja carisma e
dá exemplo ao se mostrar engajado em pautas importantes para a sociedade, como
a ambiental. Meses antes de ir à Copa do Mundo 2022, o centroavante esteve no
Pantanal de Mato Grosso do Sul para adotar uma onça-pintada. No encontro, o
jogador batizou o felino pelo nome de "Acerola"
A atuação do camisa 9 da
"amarelinha" vai muito além das linhas do campo. Richarlison esteve
no Pantanal para uma ação publicitária do lançamento da camisa oficial do
Brasil na Copa de 2022, que traz manchas da pelagem das onças-pintadas.
Em Mato Grosso do Sul,
Richarlison visitou o Onçafari, uma Organização Não Governamental (ONG), que
atua na conservação de onças-pintadas, além de oferecer uma espécie de safári
para avistamentos dos felinos no Pantanal.
Agora, mas por qual motivo
Richarlison colocou o nome da onça de "Acerola". Em conversa com a
equipe do Onçafari, o jogador explicou que é por causa do filme "Cidade
dos Homens", em que o personagem interpretado por Douglas Silva é chamado
de "Acerola".
Ao fim do vídeo, Richarlison pede
à população que ajude a natureza. "Estou muito feliz por este momento,
espero que vocês também ajudem a natureza", disse.
O que é o Onçafari?
Onçafari é uma ONG que atua
basicamente em seis frentes de trabalho: Ecoturismo, Ciência, Reintrodução,
Social, Educação e Florestas. A experiência que Richarlison vivenciou faz parte
da frente de Ecoturismo da instituição.
Uma das principais ações do
Onçafari é habituar animais, como a onça-pintada e o lobo-guará, à presença de
veículos. À medida que os animais se acostumam com a presença dos carros de
safári, deixam de encará-los como uma ameaça e ficam mais à vontade, o que
facilita o desenvolvimento do ecoturismo na região.
Para a ONG, os encontros com os
animais silvestres fazem com que a pessoas aprendam mais sobre as espécies,
assim, as envolvendo no processo de conservação da fauna pantaneira.
Fazer com que os animais não se
sintam ameaçados pelos visitantes, faz parte da prática de habituação,
utilizada pela ONG. "A habituação é uma técnica importada da África do
Sul, utilizada há décadas no ecoturismo da região. Trata-se de uma interação
neutra entre ser humano e animal, na qual a aproximação não gera nem malefícios
nem benefícios", explica a instituição.
" 'Habituar animais' não
significa domesticá-los, e sim mantê-los totalmente selvagens e livres, mas sem
que se sintam ameaçados pela presença de veículos", deixam frisado na
apresentação do atrativo turístico.
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