AGRO
Fonte: G1 Foto:Andre Penner/AP
Em seu plano de governo, o
presidente eleito no último domingo (30), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elegeu
a agropecuária como um dos setores que deve contribuir para a retomada da
segurança alimentar no país, em um momento em que 33,1 milhões de pessoas passam
fome.
Isso deve ser feito a partir de
políticas de estímulo à produção da agricultura familiar e orgânica, afirma o
documento de propostas. Lula se comprometeu ainda a criar uma política nacional
de abastecimento a partir dos estoques públicos de alimentos.
Essas reservas são um mecanismo
que permite ao governo comprar produtos agrícolas quando estes não atingem seu
preço mínimo de comercialização no mercado. Esses produtos, por sua vez, podem
ser colocados no mercado em momento de alta dos preços de alimentos, elevando a
oferta e, assim, contribuindo para a queda de preços.
Lula
Em seu plano de governo, Lula
elenca a agropecuária como um dos setores que serão foco de medidas de
modernização, por meio de "financiamento, compras governamentais,
investimento público" e ênfase em "inovações orientadas para a
transição ecológica, energética e digital".
O programa prevê ainda a criação
de uma "agroindústria de primeira linha" e o fortalecimento da
"produção nacional de insumos, máquinas e implementos agrícolas".
Inflação de alimentos
Para combater a alta de preços
dos alimentos, Lula propõe a criação de uma política nacional de abastecimento
a partir da:
- retomada dos estoques reguladores;
- ampliação das políticas de financiamento da produção de alimentos orgânicos e de pequenos agricultores.
"A Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab) era uma coisa muito importante no meu governo porque
através da Conab a gente fazia uma espécie de estoque regulador. Quando o
feijão estava subindo demais a gente então colocava o feijão no mercado para
baratear. A gente vai fazer isso", disse Lula durante agenda de campanha
no dia 14 deste mês.
Soberania e segurança alimentar
O programa defende que a
segurança alimentar será garantida com uma agricultura e pecuária
"comprometidas com a sustentabilidade ambiental e social".
O plano de Lula se compromete a
garantir a soberania alimentar por meio de:
- reforma agrária e agroecológica;
- "apoio à pequena e média propriedade agrícola, em especial à agricultura familiar";
- políticas de compras públicas para incentivar a produção de alimentos saudáveis.
Em uma entrevista ao Canal Rural,
em setembro, o candidato abordou o tema da reforma agrária ao falar sobre as
invasões de terra pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Ele defendeu que o movimento está
muito mais "maduro" atualmente, focado "em produzir",
"organizar cooperativa" e "até chegar ao mercado externo".
O candidato ainda afirmou que "pouquíssimas terras produtivas" foram
invadidas durante seu governo.
"Se o cidadão tem uma terra
só para especular, a terra também tem que cumprir uma função social, isso está
na Constituição. O que nós temos é que fazer essa coisa da forma mais tranquila
possível", completou o candidato.
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