MATO GROSSO
Fonte: G1 Foto:Reprodução
Amanda Coelho de Jesus, de 23
anos, que deu à luz em casa e não sabia que estava grávida, conseguiu registrar
o bebê, nesta segunda-feira (10), depois de quase cinco meses de espera. A
jovem esperava um documento do Conselho Tutelar que permite o registro no
cartório. Amanda realizou o parto sozinha na casa dela, em Cuiabá.
Para que a jovem conseguisse
realizar o registro, ela teria que fazer um exame de DNA para que o Conselho
Tutelar aprovasse. Segundo Amanda, o exame já teria sido feito há um mês e
aguardava a aprovação.
Agora, Anne Valentina, como foi
nomeada, poderá ser registrada oficialmente. O exame de DNA, que foi custeado
pelo Sistema Único de Saúde (SUS), contribuiu para que o Conselho Tutelar de
Cuiabá, aprovasse o registro da criança.
A avó de Anne, Naira Rosania
Soares Coelho, de 39 anos, contou sobre o alívio em poder realizar essa etapa
após tanto tempo de espera.
“Estamos ansiosos pra pegar essa
certidão, até que enfim! Por quê a gente teve que adiar bastante coisa por
conta dessa certidão e agora estamos muito felizes!” disse Naira.
De acordo com a família, o
cartório deve entregar a certidão da criança à mãe até o fim desta semana.
Nascimento inesperado
Amanda levou um susto no dia 11 de abril, quando começou sentir fortes dores e fez o parto do bebê sozinha em casa.
No dia do nascimento de Anne
Valentina, Naira contou que quando chegou em casa, a filha disse que a bebê
estava no quarto e que ela mesma cortou o cordão umbilical.
De acordo com a mãe, Amanda tinha
menstruação desregulada por causa de um cisto no ovário. Além disso, o sobrepeso
dela também dificultou a percepção da gravidez.
No hospital
Naira e Amanda foram a um
hospital de Cuiabá após quatro dias do nascimento, pois a família não possuía
condições financeiras para conseguir nenhum enxoval nos primeiros dias de vida
da bebê.
Na unidade de saúde, um dos
médicos fez vários procedimentos necessários para comprovar a maternidade. A
avó conta que o resultado dos exames foi positivo, comprovando que a criança
havia nascido de Amanda.
Porém, mesmo com a comprovação,
mãe e filha precisaram ir ao Conselho Tutelar para conseguir um documento
permitindo o registro e a certidão de nascimento da criança no cartório.
Naira explicou, que nesse período, a maior dificuldade da família foi conseguir a aprovação do Conselho Tutelar, que pediu um exame de DNA para comprovar o parentesco entre a criança e a jovem, mas a família não possuía o dinheiro para fazer o teste e solicitou que o procedimento fosse realizado pelo SUS.
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