SAÚDE
Fonte: Só Notícias Boas Foto: Freepik
O novo tratamento é baseado em uma técnica chamada
Hipertermia térmica, um tipo de terapia que aquece as células cancerígenas há
uma temperatura aproximada de 43°C. Esse aquecimento destrói as proteínas do
câncer e recupera a saúde óssea.
“Nesse caso, o controle de temperatura é extremamente
importante, uma vez que impede o superaquecimento local e, consequentemente, a
destruição dos tecidos saudáveis adjacentes à área de tratamento”, disse
Geovana Santana, autora do estudo.
Tratamento menos agressivo
O tratamento utilizado hoje é baseado na remoção
cirúrgica do tumor e logo após, são aplicadas terapias como quimioterapia e
radioterapia.
Entretanto elas acabam não sendo boas para o paciente
porque destroem o tumor maligno e também células saudáveis.
Com o novo material, os tratamentos são mais práticos
e bem menos invasivos. A terapia utiliza uma matriz de vidro bioativo com
partículas magnéticas.
A matriz vítrea, quando entra em contato com fluidos
biológicos, tem a capacidade de regenerar o tecido ósseo, formando uma camada
de hidroxicarbonato apatita.
O hidroxicarbonato apatita é um mineral presente
naturalmente no osso humano – e que é cristalizado entre o vidro e o tecido
ósseo, permitindo a fixação do compósito ao osso.
Geovana explicou que as partículas ao serem
submetidas a um campo magnético externo são responsáveis pela produção de calor
e viabilizam o controle da temperatura máxima alcançada.
Doença silenciosa
O câncer ósseo é uma doença silenciosa e muitas vezes
é diagnosticado em estágio avançado, o que dificulta os tratamentos.
“O tumor inicia no próprio osso, músculo e
articulação”, explica o médico ortopedista oncológico, Valter Penna.
Ele ainda conta que o tumor pode ser resultado de
metástase – que são tumores ósseos mais comuns – e que são provenientes de um
câncer de outro órgão como mama, próstata e pulmão.
De acordo com Valter, trata-se de uma doença genética
e, por não possuir prevenção, seu diagnóstico precoce e correto se torna de
extrema importância.
Próximos
passos
Após
os primeiros testes, os cientistas já se preparam para as próximas fases do
estudo. Agora, os pesquisadores pretendem avaliar a toxidade do material, em
culturas celulares e otimizar o processo de geração de calor dos compósitos e
assim estabilizar a temperatura.
Com
os testes finais apresentando o mesmo resultado positivo, os cientistas vão se
preparar para criar a terapia final, que será disponibiliza aos profissionais
de saúde da área.
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