Temendo desgaste na campanha, Bolsonaro manda reverter corte no Farmácia Popular
Os dois ministros haviam reduzido
a verba para distribuição gratuita de medicamentos e produtos do Farmácia
Popular em 60% no Orçamento da União de 2023.
O corte, revelado pelo jornal
"O Estado de S. Paulo", reduz a verba do programa no ano que vem dos
R$ 2,04 bilhões no orçamento de 2022 para R$ 804 milhões na proposta de lei
orçamentária de 2023, uma diminuição de 60%, que iria afetar o acesso da
população de baixa renda a 13 tipos diferentes de medicamentos usados no
tratamento de diabetes, hipertensão e asma, além de restringir a distribuição
de fralda geriátrica.
A informação já estava sendo
explorada pelo deputado André Janones (Avante-MG), que está atuando nas redes
sociais para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Janones estava destacando em suas
mensagens que o governo cortou a verba do Farmácia Popular para preservar
verbas para o "orçamento secreto" no ano que vem, verba que
privilegia deputados e senadores da base governista dentro do Congresso
Nacional.
Nesta quarta-feira (14), Bolsonaro
decidiu intervir e mandar Paulo Guedes e Marcelo Queiroga a tomarem as medidas
necessárias para recompor o orçamento do Farmácia Popular.
O ministro da Economia informou
ao presidente que o corte foi feito para respeitar o teto de gastos, mas
assessores do presidente avaliaram o corte como uma “medida sem sensibilidade,
especialmente em ano eleitoral”, já que o valor de outras despesas, como o do
"orçamento secreto", foi preservado.
O comitê da reeleição alertou o
presidente Bolsonaro para o corte no programa Farmácia Popular, avaliado como
uma medida negativa e uma munição para o PT neste ano eleitoral.
Avisado por sua equipe do comitê
de campanha, o presidente confirmou no Ministério da Economia o corte feito no
programa e mandou que seja feita a recomposição das verbas para o programa
social.
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