Ex-amante que esfaqueou candidato a deputado federal diz que teve aplique de cabelo arrancado à mão
MATO GROSSO DO SUL
Fonte: G1 Foto: Divulgação G1|Reprodução/RedesSociais
Uma discussão entre os envolvidos
começou após Daisa, com quem Saulo tinha um relacionamento extraconjugal,
encontrar o homem com outra mulher no apartamento, segundo a Polícia Civil. De
acordo com a advogada de Daisa, a suspeita foi agredida pelo candidato e pela
mulher que estava com ele.
“Ela está no hospital, com o
pulso muito inchado. Muita dor de cabeça, arrancaram todo o mega hair dela na
mão, os dois contra ela. Ela até pediu para a polícia ajudar ela a pegar o mega
que ficou no chão do apartamento, porque ela quer de volta”, conta a advogada
de Daisa, Kalanit Tiecher.
Mega hair é uma marca de
extensores de cabelo, em que fios naturais são usados para alongar o
comprimento do cabelo.
Já Saulo relata que agiu em
legítima defesa.
“Ela pode ter ferimentos no braço e possivelmente no cabelo. No braço foi onde se segura para desarmar alguém que está com uma faca e o cabelo foi para tirar ela de cima de mim”.
Ao g1, Saulo Batista confirmou
manter com Daisa uma relação extraconjugal de quase três anos. Segundo ele, o
relacionamento terminou 48h antes do crime. “Desde sábado, a gente tinha
decidido encerrar o relacionamento. Durante o domingo, ela tomou algumas
providências para o fim, desocupou o apartamento em que morava, porque ela e a
filha dela moravam no mesmo condomínio que eu, em um outro flat”, diz.
O candidato a deputado federal
comenta que na segunda-feira (26) estava no apartamento com uma mulher quando a
ex-amante chegou. “Ela foi na casa, estava com uma amiga em casa, não era
garota de programa, não era amante. Chegando lá, ela encontrou a situação e
teve um ataque de fúria”.
O homem diz que funcionários do
condomínio retiraram Daisa do corredor, porém ela voltou logo depois. “Passado
alguns minutos, ela retornou e entrou, querendo agredir a moça, pegou a faca.
Inicialmente ela ia partir para cima da moça, tentei desarmá-la e ela desferiu
os golpes de faca contra mim”, conta.
Depois do crime, Daisa foi até a
Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) e encaminhada para a Delegacia de
Pronto Atendimento Comunitário (Depac), na companhia da advogada, para relatar
o acontecido.
Ferido, Saulo foi encaminhado
para a Santa Casa da capital. Segundo o boletim da ocorrência, o candidato saiu
do hospital sem receber alta e foi prestar queixa na Depac da região central de
Campo Grande.
O caso foi registrado como lesão corporal (violência doméstica) e está sendo investigado. O delegado que acompanha o caso, Gabriel Desterro esclarece a tipificação do crime.
“A deliberação pela tipificação
em lesões corporais, e não homicídio tentado, estava vinculada ao depoimento da
testemunha, que afirmou que houve interrupção dos atos executório voluntariamente
e a própria suspeita gritou pedindo por ajuda médica”, informa ao g1.
Desta forma, a autoridade
policial afirma que em um primeiro momento não foi verificada a intenção de
matar, que qualificaria o crime como tentativa de homicídio.
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