Volume de bens intermediários importados pelo agro cresce 10,4%
AGRO
O volume de bens intermediários importados pela agropecuária
de janeiro a julho cresceu 10,4% em relação ao mesmo período do ano passado,
enquanto o volume adquirido de bens de capital para o setor avançou 73,9% no
período.
As aquisições cresceram a despeito do aumento nos preços: os
custos dos bens intermediários para a agropecuária saltaram 131,0% de janeiro a
julho, enquanto os preços de bens de capital subiram 7,5%.
“Receios de desabastecimento no setor de adubos e
fertilizantes e perspectivas de preços das commodities favoráveis influenciaram
esses resultados”, justificou a FGV, em nota do Icomex.
Fertilizantes
No acumulado do ano, o volume importado de adubo/fertilizantes cresceu 15,5%, a despeito de uma alta de preços de 138%.
Já as importações de bens intermediários pela indústria
recuaram 0,1% de janeiro a julho, enquanto as de bens de capital aumentaram
5,4%.
O saldo da balança comercial brasileira foi de US$ 5,4
bilhões em julho, US$ 1,9 bilhão a menos que em julho de 2021. No acumulado de
janeiro a julho de 2022, houve um superávit de US$ 39,9 bilhões, ante um saldo
de US$ 44,4 bilhões em igual período em 2021.
“Com isso, as projeções de mercado para a balança comercial
passaram a oscilar entre US$ 58 bilhões e US$ 65 bilhões”, apontou a FGV, sobre
as estimativas para 2022.
No acumulado do ano, o Brasil aumentou o volume exportado
para os principais parceiros comerciais, com exceção da China, que registrou
queda de 12,8%.
O maior crescimento foi registrado para a América do Sul
(exceto Argentina), com alta de 14,3% no volume exportado pelo Brasil, seguido
da Argentina (13,9%), União Europeia (11,9%) e Estados Unidos (3,0%). As
remessas brasileiras para a Ásia sem a China e o Oriente Médio ficaram estáveis
(0,0%).
Quanto às importações, o Brasil comprou menos de janeiro a
julho, em volume, dos Estados Unidos (-1,4%), Argentina (-0,7%) e América do
Sul exceto Argentina (-7,5%). Por outro lado, houve aumento no volume importado
da China (7,8%), União Europeia (1,8%) e Ásia sem China e Oriente Médio
(30,5%).
“A desaceleração das exportações para a China não a
deslocaram da posição de principal contribuidora para o superávit da balança
comercial do Brasil. O crescimento das exportações para a Argentina junto com
outros mercados sul-americanos, em especial o Chile, levou a que a região seja
a segunda maior contribuidora para o saldo positivo da balança comercial”,
ponderou a FGV.
Nenhum comentário
Política de moderação de comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.