Anvisa mantém proibição do cigarro eletrônico e defende fiscalização do comércio ilegal; entenda regras
SAÚDE
Fonte: G1 Foto:Brendan McDermid/Reuters
A diretoria colegiada da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniu, nesta quarta-feira (6),
para discutir a regulação dos cigarros eletrônicos no Brasil.
Os diretores da agência
analisaram o Relatório de Análise de Impacto Regulatório (AIR), que trouxe
dados reunidos pela equipe técnica da Anvisa sobre o uso desse tipo de
cigarros, incluindo os impactos à saúde, a toxicidade e o posicionamento de
organizações internacionais sobre o tema.
Ao fim da votação, a diretoria da
Anvisa decidiu manter a proibição dos cigarros eletrônicos, por votação
unânime.
Agora, segundo a Anvisa, será
feita uma reforma da legislação atual e aberta uma consulta pública para depois
seguir para nova aprovação.
Essa decisão havia sido
recomendada pela própria equipe técnica da agência – a Gerência-Geral de
Registro e Fiscalização de Produtos Fumígenos, derivados ou não do Tabaco
(GGTAB) – no relatório analisado.
Ainda segundo a GGTAB, não há
evidências científicas que indiquem atualmente uma regulamentação diferenciada
para dispositivos eletrônicos para fumar com refis líquidos ou tabaco aquecido.
A Anvisa também esclareceu que,
os países onde os DEF estão sendo comercializados não os autorizam como
“produtos de dano reduzido”, como os EUA, Austrália, Canadá, Nova Zelândia,
países do Reino Unido e União Europeia.
"A autorização de
comercialização de cigarros eletrônicos com refis líquidos e dos com refis de
tabaco aquecido pelo FDA ocorreu diante de informações ainda desconhecidas
relativas aos produtos", afirma a Anvisa.
Os dispositivos eletrônicos para
fumar, incluindo os cigarros eletrônicos, são proibidos desde 2009 no Brasil,
conforme uma resolução da Anvisa (RDC 46/2009) sobre o tema. A proibição inclui
a comercialização, a importação e a propaganda desse tipo de cigarro.
Veja então como ficam as regras:
- Anvisa mantém as proibições estabelecidas pela normativa RDC nº 46/2009, proibindo comercialização, importação e propaganda de cigarros eletrônicos;
- Agência discutirá ainda questões de aprimoramento de fiscalização, monitoramento e disseminação de informações sobre esses tipos de produto;
- Ainda nesse ano, será feita uma reforma da legislação atual e aberta uma consulta pública sobre o tema;
- Uma nova RDC deve então ser publicada.
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