Mesmo com problemas de clima, Conab mantém previsão de safra recorde: 271,3 milhões de toneladas
AGRO
Fonte: Revistagloborural Foto: Rafael Silvério
"Mesmo com a redução na
expectativa em 6,4%, os agricultores brasileiros serão responsáveis pela maior
safra da série histórica. O bom desempenho ocorre mesmo em um ano em que as
culturas de primeira safra, principalmente soja e milho, foram afetadas pelas
condições climáticas adversas registradas na região sul do país e em parte do
Mato Grosso do Sul”, destaca o presidente da Companhia, Guilherme Ribeiro, em
nota.
A produção de milho passou de
114,58 milhões para 115,2 milhões de toneladas, somando os três ciclos anuais
da cultura monitorados pela Companhia Nacional de Abastecimento. No total, é um
aumento de 32,3% em comparação com a temporada passada, quando geadas atingiram
regiões produtores, causando quebra na safra do cereal.
No comunicado da Conab, o diretor
de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas, Sérgio de Zen, pontua que
ainda é preciso acompanhar mais de perto o desenvolvimento das lavouras de milho,
especialmente em Mato Grosso do Sul e no Paraná. Segundo ele, a cultura ainda
está em fase inicial nesses estados e o clima tem grande relevância no
resultado final da safra.
"Considerando a segunda
safra, cerca de 25,5% do milho do país ainda está sob influência do clima”,
explica de Zen.
A colheita do milho de segunda
safra está em fase inicial, com os trabalhos de campo liderados por Mato
Grosso, principal produtor nacional. Segundo o diretor da Conab, as primeiras
lavouras têm apresentado bons rendimentos, já que foram plantadas dentro do
período ideal de semeadura.
“A onda de frio, ocorrida em
maio, formou geadas de maneira pontual no Paraná, Mato Grosso do Sul e em Minas
Gerais, o que não afetou a produtividade total. O desempenho das lavouras, inclusive,
melhorou nos estados paranaense e sul-mato-grossense, devido ao bom regime
hídrico”, pondera, no comunicado da Conab.
Ainda de acordo com a Companhia
Nacional de Abastecimento, a produção de algodão é estimada em 2,81 milhões de
toneladas, aumento de 19,3% quando comparado com o ciclo 2020/2021. Na
avaliação dos técnicos da Conab, o clima desfavorável não trouxe grande impacto
sobre as lavouras da pluma.
Já para o feijão, a Companha
destaca que as baixas temperaturas impactaram as produtividades das lavouras da
segunda safra do grão. As variedades cores - que inclui o feijão carioca -
preto tiveram reduções de 31,8% e 19,7%,
respectivamente. Ainda assim, a produção total é estimada em 3,1 milhões de
toneladas, 6,6% a mais que na safra 2020/2021.
“Com as condições climáticas
desuniformes entre os estados produtores de feijão, variando entre estiagem e
excesso de chuvas, a qualidade do grão a ser colhido na 2ª safra pode ter a
qualidade comprometida”, diz o gerente de Acompanhamento de Safras, Rafael Fogaça,
no comunicado.
O arroz, com a colheita
praticamente finaliza, deve atingir uma produção de de 10,6 milhões de
toneladas, volume 9,9% inferior ao produzido no ciclo anterior. "As
condições climáticas de maio foram favoráveis para a conclusão da colheita na
maioria dos estados, mas houve excesso de chuvas no Nordeste, que tem
prejudicado o avanço da colheita", diz a Conab.
Nenhum comentário
Política de moderação de comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.