Basta: 18 de maio alerta para proteção das crianças contra abusos sexuais
BRASIL
Fonte: Jornaldebrasilia Foto: Internet Divulgação
Nesta quarta-feira, 18 de maio, comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, data criada há 22 anos para a conscientização deste tipo de crime contra menores de idade. O dia relembra a morte de Araceli Cabrera Sánchez Crespo, que em 18 de maio de 1973, com 8 anos de idade, foi sequestrada, violentada sexualmente e assassinada em Vitória, no Espírito Santo.De acordo com a coordenadora Núcleo de Estudos de Infância e Juventude da Universidade de Brasília UnB, Patrícia Pinheiro, a existência de uma data como o dia 18 de maio é uma das formas de prevenir que os abusos aconteçam contra mais crianças e adolescentes, conscientizando a população da gravidade deste tipo de crime, e encorajando a sociedade a denunciar quaisquer atitudes que podem acarretar a uma violência sexual, nem sempre ocorridas de uma hora para a outra.
Conforme destacou à reportagem, a
solução com crianças é ensiná-las, desde cedo, sobre as particularidades do
corpo humano, explicando o que é carinho e onde não podem ser tocadas. Aos
adolescentes, a orientação sobre as mudanças no corpo e o reforço sobre a
preservação das partes íntimas também são importantes para que qualquer toque
sem o consentimento seja relatado imediatamente a autoridades de confiança.
“A criança precisa entender que
ela tem um corpo e o que pode ou não pode no corpo dela. Ela precisa aprender
essas informações. Esse segredo e tabu sobre a educação sexual nesse sentido
faz com que as crianças e os adolescentes não tenham a capacidade de discernir
isso muito bem”, destacou a assistente social.
Na internet, o cuidado deve ser
ainda maior. Com a quantidade massiva de informações e interações que podem
acontecer no celular, estar atento a potenciais conteúdos pornográficos ou
trocas de mensagens com abusadores é essencial para a proteção dos menores, uma
vez que é comum que criminosos usem perfis falsos para iniciar conversas.
Após as violências, os traumas
gerados na criança e no adolescente são, muitas vezes, insuperáveis, e ainda
razão para depressão, ansiedade, e tantas outras consequências variadas que as
vítimas podem carregar para a vida inteira. É necessário, portanto, segundo a
também professora de Serviço Social na UnB, estabelecer a proteção das vítimas.
“O crime existe, e não é pouco”, alertou Patrícia.
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