ELEIÇÕES
Fonte: SBTNews Foto: Marcelo Camargo /Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro (PL)
voltou a atacar o Poder Judiciário, nesta 4ª feira (30.mar), durante uma viagem
ao nordeste. Sem explicar como, Bolsonaro disse que os votos das eleições de
outubro serão contados.
O presidente participou de uma
motociata, pelas ruas de Natal e depois de uma cavalgada, na chegada ao
município de Parnamirim, a 12 km da capital potiguar. Acompanhado de ministros
do governo, Bolsonaro fez a entrega do primeiro trecho de ampliação da Linha
Branca do trem urbano.
Bolsonaro esteve também no Piauí,
acompanhado do ministro das Comunicações, Fábio Faria, para anunciar a chegada
do sinal de internet 5G em uma fazenda no município de Baixa Grande do Ribeiro.
No discurso, voltou a falar em contagem de votos. "A alma da democracia é
o voto, e a contagem dele faz parte dessa alma", afirmou.
A Câmara dos Deputados rejeitou,
em agosto do ano passado, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto
impresso. Diante da discussão do assunto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
criou uma comissão de transparência, com a participação das Forças Armadas. E
anunciou que o número de urnas que serão auditadas, este ano, será triplicado.
Mas a impressão do voto não será adotada.
Enquanto o presidente voltou a
fazer críticas ao Judiciário, a ministra Rosa Weber negou pedido da
Procuradoria-Geral da República (PGR) para arquivar o inquérito que investiga
se Bolsonaro cometeu crime de prevaricação no caso da negociação da vacina
Covaxin. A denúncia veio à tona no início do ano passado, durante a Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia.
Rosa Weber rebateu os argumentos
do procurador Augusto Aras e afirmou que o presidente da República tem função
disciplinar para punir integrantes da administração. A investigação foi aberta
depois que o deputado Luis Miranda (Republicanos-DF) afirmou ter alertado o
presidente sobre suspeitas na compra de 20 milhões de doses da vacina produzida
pela empresa indiana Bharat Biotech. A lei obriga qualquer servidor público a
informar órgãos de fiscalização em caso de tentativa de desviar recursos ou
cometer irregularidades.
E a Polícia Federal (PF) concluiu
que Bolsonaro não cometeu crime de interferência na instituição, por meio de
nomeações e mudanças de cargos. Em relatório enviado ao Supremo, a PF aponta
que também não houve crime por parte do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro,
que fez as acusações ao deixar o cargo, há dois anos.
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