AGRO
Fonte: G1MT Foto: Mayke Toscano/Gcom-MT
Em Mato Grosso, as lavouras de
milho têm se desenvolvido bem. A estimativa do Instituto Mato-grossense de
Economia Agropecuária (Imea) é de que a produção passe de 40 milhões de
toneladas nesta safra, oito milhões a mais se comparado com a safra passada.
O agricultor José Lazarini contou
que a rotina dele agora tem sido acompanhar de perto o desenvolvimento do milho
plantado. A propriedade dele fica em Campo Verde, no sudeste do estado. Na
região, a área reservada para o cereal foi maior na comparação com o ano
passado, passando de 500 para 700 hectares.
A motivação para o aumento,
segundo ele, está no preço.
Em reais, a saca está valendo em
torno de R$ 69.
O aumento da área ocupada pelo
cereal ficou acima de 8,5%. Na safra 20/21 a área era de 5,84 milhões de
hectares. Já na safra 21/22 esse número aumentou para 6,3 milhões de hectares.
Mesmo com o preço mais atrativo,
os produtores estão cautelosos quando o assunto é comercializar o milho antes
da colheita. Até agora foi vendido pouco mais da metade do que o estado deve
produzir nesta safra. No mesmo período do ano passado, o volume já passava de
70% comercializado.
O produtor Lazarini, por exemplo,
negociou só 20% do que espera produzir.
“Na safra 20/21 eu já tinha
comercializado em torno de 40%. O produtor está menos vendido esse ano em
relação ao ano passado, é uma expectativa de mercado que o milho ainda pudesse
ter uma ação de resposta um pouquinho maior, para que pudesse fazer uma
compensação do aumento de custo que tivemos em cima da commodity milho”,
pontuou.
Com relação à produtividade, a
tendência é de uma safra mais cheia esse ano, caso o tempo continue ajudando
até o momento da colheita.
A estimativa Imea é de que a
média fique em 107 sacas por hectare, 15 a mais que a da última, quando a falta
de chuva atrasou o plantio e o excesso de água atrapalhou a colheita do cereal.
A produção final do estado deve
ser recorde, acima de 40 milhões de toneladas.
“Analisando o volume de áreas
semeadas dentro da janela ideal que vai até o final de fevereiro, os produtores
conseguiram nesta temporada semear mais de 80% das áreas dentro desse período
e, comparado com a safra passada, esse número é apenas de 50% das áreas”,
analisou o superintendente do IMEA, Cleiton Gauer.
Na fazenda de Pedro Seron, a expectativa é de superar a produtividade da safra retrasada, quando o tempo não interferiu no desenvolvimento da lavoura. Se tudo ocorrer conforme o planejado, o produtor deve colher em torno de 120 sacas por hectare.
“Esse ano a gente teve um período
de chuva bem mais prolongado em relação ao ano passado. Além da chuva,
começamos um pouco mais cedo o plantio soja, consequentemente, conseguimos
antecipar o plantio do milho e esperamos uma produtividade bem maior na
colheita”, disse.
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