Em alta, construção civil enfrenta falta de profissionais qualificados em MT
GERAL
Fonte: G1MT Foto: Michel Alvim - SECOM / MT
A valorização dos profissionais
da área de construção civil aumentou nos últimos anos, de acordo com um estudo
da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt). Em três anos, o valor
cobrado por hora para os pedreiros aumentou 16,36%, mas a qualificação dos
trabalhadores não vem acompanhando esse ritmo e, por isso, falta mão de obra no
estado.
Desde 2019, o salário por hora de
um pedreiro custava R$19,92. Em 2022, esse valor subiu para R$23,18. O servente
de pedreiro também teve uma significativa valorização, saltou de R$ 14,88 por
hora, em 2019, para R$ 18,20, um aumento de 22,31%.
Segundo o diretor regional de
obras, Márcio Ferreira, a demanda intensificou esse cenário. "Pós-pandemia
as pessoas buscaram moradias adequadas ao novo estilo de vida. Então, a procura
proporcionou um aumento na venda de imóveis e na preparação de novos projetos
para atender essa demanda", disse.
O segmento faz parte dos que mais
cresceram desde o início da pandemia, tanto para reformas quanto para novas
obras. Por isso, as empresas passaram a ampliar as exigências de qualificação
profissional, o que gera dificuldades para contratar os trabalhadores com esse
perfil.
"A gente trabalha muito com
planejamento. Isso tem que ser adequado com essa realidade", afirmou.
Para Márcio, a saída encontrada
foi mudar a dinâmica de trabalho e manter os empregados sempre ocupados em
outras áreas.
"A medida que uma obra vai
terminando as frentes, a gente desloca essa equipe para outra ou dá uma
segurada no planejamento para aproveitar a mão de obra qualificada e não
perdê-la para outras frentes de trabalho que não sejam as nossas", contou.
A busca dos trabalhadores por
qualificação não está acompanhando o ritmo do crescimento. Segundo o gerente de
economia do Fiemt, Pedro Máximo, isso se deve à baixa procura dos funcionários
em ampliar o repertório de qualificação.
"Esse é um dos principais
problemas porque quando o trabalhador chega nesse mercado, ele não está
totalmente qualificado. Se houver algum erro na infraestrutura ou no
acabamento, o custo para reverter isso é altíssimo. Por isso, a necessidade de
se fazer um curso de capacitação", explicou.
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