Vacinação de crianças começa neste mês e sem exigência de prescrição, diz Saúde
BRASIL | COVID-19 | SAÚDE
Fonte: CNN Brasil Foto: REUTERS/Rodrigo Garrido
O Ministério da Saúde anunciou que a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 no Plano Nacional de Operacionalização deve começar em janeiro deste ano com intervalo de dois meses (oito semanas) entre a primeira e a segunda dose.
O documento divulgado pela pasta
aos jornalistas presentes diz que “para a imunização desse grupo será
necessária a autorização dos pais” e acrescenta que “no caso da presença dos
responsáveis no ato da vacinação haverá dispensa do termo por escrito”.
O texto diz ainda que a vacinação
de crianças vai acontecer de forma decrescente e priorizará grupos com
deficiência permanente ou comorbidades, além de crianças que vivem no lar com
pessoas com alto risco de evolução grave de Covid-19.
Nas crianças sem comorbidades
será realizada a imunização por faixa etária:
- De 10 a 11 anos;
- De 8 a 9 anos;
- De 6 a 7 anos;
- De 5 anos.
“As nossas crianças, que são o
futuro do Brasil, merecem uma ênfase especial, porque esse público precisa ser
atendido com uma vacina específica”, disse o ministro Marcelo Queiroga.
O primeiro lote de vacina infantil contra a Covid-19
que o Ministério da Saúde pretende aplicar, terá 3,74 milhões de doses, sendo
que 1,248 milhão devem chegar na próxima semana.
De acordo com o Ministro, 20
milhões de vacinas — equivalentes ao número total de crianças nesta faixa
etária — devem estar em sua totalidade no país no final do primeiro trimestre
de 2022.
A coletiva, que se iniciou com
mais de 1 hora de atraso, tem a participação do ministro da Saúde, Marcelo
Queiroga, Rodrigo Cruz, secretário-executivo do Ministério da Saúde, Jurandi
Frutuoso, secretário-executivo do Conselho Nacional de Secretários de Saúde
(Conass), Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde,
Marcela Alvarenga, secretária-executiva do Conselho dos Secretários Municipais
de Saúde e Rosana Leite de Melo, secretária Extraordinária de Enfrentamento à
Covid-19.
O ministro também destacou que a decisão foi baseada nas informações coletadas na consulta pública.
“A vacina para as crianças é
produzida pela Pfizer e tem uma dosagem diferente daquela distribuída para
adultos. A vacina foi aprovada pela Anvisa e logo após essa aprovação o
Ministério da Saúde fez uma consulta pública, depois fizemos uma audiência
pública com diversos profissionais e a partir das informações obtidas na
audiência pública e com total atenção ao que foi dito pelo ministro Lewandowski
estamos aqui.”
“Hoje é a concretude da tomada de
decisão que nós fizemos. O único imunizante que nós temos autorização para as
crianças de 5 a 11 anos é o da Pfizer. É imprescindível que os pais e mães
dessas crianças consultem um médico antes de tomar essa vacina, pois a criança
está em fase de desenvolvimento. Os responsáveis pela criança devem estar
presentes e caso não esteja deve enviar uma autorização por escrito”, disse.
Queiroga apontou que os eventos
adversos da vacinação podem ocorrer em todas as faixas etárias.
“É necessário que todos conheçam
os benefícios [da vacina], como a redução de casos graves, bem como os efeitos
adversos — que nós não conhecemos ainda e só saberemos no estudo de fase 4”,
comenta.
Quando questionado sobre o tempo
decorrido após a indicação da Anvisa, o ministro da Saúde disse não houve
demora para tomada de decisão da vacinação em crianças. “O Brasil está
absolutamente dentro do prazo”, explica Queiroga.
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