Saúde| Mortes por Aids caem 17% no Brasil em cinco anos, diz ministério
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A notícia é boa, mas não é para abandonar a prevenção, ok? O último balanço do Ministério da Saúde mostra que as mortes por Aids no Brasil caíram 17% em cinco anos.
O boletim epidemiológico divulgado, mostra que 2012 a 2019, também houve diminuição de 18,7% na taxa de detecção de Aids no país. Os números englobam dados colhidos de 2009 a 2019.
“Esta redução se deu pela testagem precoce e pela contínua oferta de tratamento para todos os pacientes diagnosticados”, explicou Arnaldo Medeiros, Secretário de Vigilância em Saúde.
Os casosNo Brasil, em 2019, foram diagnosticados 41.909 novos casos de HIV e 37.308 casos de Aids, com uma taxa de detecção de 17,8/100 mil habitantes.
De 1980 a junho de 2020, o total de diagnósticos foi de 1.011.617.
Queda no número de mortes
Nos últimos cinco anos, a taxa de mortalidade da doença apresentou queda de 17,1%: em 2015, foram registrados 12.667 óbitos contra 10.565 em 2019.
O coeficiente de mortalidade de Aids (por 100 mil habitantes) tem diminuído desde os anos 1990.
De 1996 a 2003, a redução foi de 36%. De 2004 a 2013, a queda foi de 1,7% e, de 2014 a 2017, de 28%.
Alerta
O Ministério da Saúde estima que, atualmente, aproximadamente 920 mil pessoas vivam com HIV no Brasil.
Dessas, 89% foram diagnosticadas, 77% fazem tratamento com antirretroviral e 94% das que estão em tratamento não transmitem o HIV por via sexual por terem atingido carga viral indetectável.
Os casos de pacientes em tratamento antirretroviral aumentaram consideravelmente, segundo o documento. Em 2020, até outubro, cerca de 642 mil pessoas estavam em tratamento. Em 2018, eram 593.594 pessoas.
“Isso é um grande avanço do SUS. Reflete a força do nosso tratamento, de quando se faz o diagnóstico precoce e recebe o tratamento adequado, você consegue controlar a doença”, avaliou Arnaldo Medeiros.
Jovens
A maior concentração de casos de Aids está entre os jovens, de 25 a 39 anos, de ambos os sexos, com 492,8 mil registros.
Os casos nessa faixa etária correspondem a 52,4% dos casos do sexo masculino e, entre as mulheres, a 48,4% do total de casos registrados.
Houve, ainda, queda de 22% na taxa de detecção de Aids em crianças menores de cinco anos.
O dado tem sido utilizado como métrica para o monitoramento da transmissão vertical do HIV.
De 2000 até junho de 2020 foram notificadas 134.328 gestantes infectadas com HIV, 8.312 no ano de 2019, com uma taxa de detecção de 2,8/mil nascidos vivos.
Como
Uma das medidas tomadas pelo Ministério da Saúde durante a pandemia de Covid-19 para que os tratamentos não fossem descontinuados foi ampliar a disponibilização dos antirretrovirais (ARV) de 30 para 60 ou até 90 dias.
“Isso é importante porque nós garantimos que, mesmo em uma situação de pandemia, em que o paciente ficou em casa, ele teve acesso à medicação”, pontuou.
Outra ação foi a ampliação de auto-testes para diagnóstico, exames que as podem fazer em casa.
Em 2018, foram disponibilizados 17.365 testes, contra 203.526 testes em 2019. Somente em outubro de 2020 já haviam sido distribuídos 173.837 testes.
Outras medidas que ajudaram, de acordo com Arnaldo Medeiros, foram telemedicina, controle logístico para garantir o estoque de medicamentos antirretrovirais, teste anti-HIV para pacientes internados com síndrome respiratória e lançamento de um edital para vigilância, prevenção e controle de doenças de condições crônicas e infecções sexualmente transmissíveis.
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