Foto: Matheus Moraes | Diário
O Dia Mundial da Luta Contra AIDS é um dia que, cada ano, deve servir para desenvolver e reforçar o esforço mundial da luta contra a AIDS. O objetivo deste dia é estabelecer o entrelaçamento de comunicação, promover troca de informações e experiências, e de criar um espírito de tolerância social.
O “Boletim Epidemiológico HIV/Aids”,
do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e
Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em
Saúde, do Ministério da Saúde (DCCI/SVS/MS), publicado anualmente, apresenta informações sobre os casos de
HIV e de aids no Brasil, regiões, estados e capitais, de acordo com as
informações obtidas pelos sistemas de informação utilizados para a
sua elaboração.
Espera-se que as informações contidas neste documento possam contribuir para o controle do HIV/aids no país, no sentido de fornecer subsídios à tomada de decisões nos níveis federal, estadual e municipal.
Nesse período, foi notificado no Sinan um total de 207.207 (69,0%) casos em homens e 93.220 (31,0%) casos em mulheres. A razão de sexos para o ano de 2018 foi de 2,6 (M:F), ou seja, 26 homens para cada dez mulheres.
No período de 2007 a junho de 2019, no que se refere às faixas etárias, observou-se que a maioria dos casos de infecção pelo HIV encontra-se na faixa de 20 a 34 anos, com percentual de 52,7% dos casos. Com relação à escolaridade, no mesmo período, verificou-se um elevado percentual de casos ignorados (25,5%), o que dificulta uma melhor avaliação dos casos de infecção pelo HIV.
Entre os homens, no período observado, verificou-se que 51,3% dos casos foram decorrentes de exposição homossexual ou bissexual e 31,4% heterossexual, e 2,0% se deram entre usuários de drogas injetáveis (UDI). Entre as mulheres, nessa mesma faixa etária, nota-se que 86,5% dos casos se inserem na categoria de exposição heterossexual e 1,4% na de UDI.
Infecção pelo HIV em gestantes
Em um período de dez anos, houve um aumento de 38,1% na taxa de detecção de HIV em gestantes: em 2008, a taxa observada foi de 2,1 casos/mil nascidos vivos e, em 2018, de 2,9/mil nascidos vivos. Esse aumento poderia ser explicado, em parte, pela ampliação do diagnóstico no pré-natal e a consequente prevenção da transmissão vertical do HIV.
Entre as Unidades da
Federação (UF), nove apresentaram taxa de detecção de HIV em gestantes superior
à taxa nacional em 2018: Rio Grande do Sul (9,2 casos/mil nascidos vivos),
Santa Catarina (6,1), Roraima (4,6), Rio de Janeiro (4,1), Amazonas (3,5),
Pernambuco (3,4), Mato Grosso do Sul (3,2), Amapá (3,1) e Pará (3,0).
Casos
de AIDS
De 1980 a junho de 2019,
foram identificados 966.058 casos de aids no Brasil. O país tem registrado, anualmente, uma média
de 39 mil novos casos de aids nos últimos cinco anos. Entretanto, o número
anual de casos de aids vem diminuindo desde 2013, quando atingiu 42.934 casos;
em 2018, foram registrados 37.161 casos.
A distribuição proporcional
dos casos de aids, identificados de 1980 até junho de 2019, mostra uma
concentração nas regiões Sudeste e Sul, correspondendo cada qual a 51,3% e
19,9% do total de casos; as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste correspondem
a 16,1%, 6,6% e 6,1% do total dos casos, respectivamente. Nos últimos cinco
anos (2014 a 2018), a região Norte apresentou uma média de 4,4 mil casos ao
ano; o Nordeste, 8,9 mil; o Sudeste, 15,4 mil; o Sul, 7,7 mil; e o
Centro-Oeste, 2,8 mil
No Brasil, de 1980 até junho
de 2019, foram registrados 633.462 (65,6%) casos de aids em homens e 332.505
(34,4%) em mulheres. No período de 2002 a 2009, a razão de sexos, expressa pela
relação entre o número de casos de aids em homens e mulheres, mantevese em 15
casos em homens para cada dez casos em mulheres; no entanto, a partir de 2010,
observou-se uma redução gradual dos casos de aids em mulheres e um aumento nos
casos em homens, refletindo-se na razão de sexos, que passou a ser de 23 casos
de aids em homens para cada dez casos em mulheres em 2017, razão que se manteve
em 2018.
A maior concentração dos
casos de aids no Brasil foi observada nos indivíduos com idade entre 25 e 39
anos, em ambos os sexos. Os casos nessa faixa etária correspondem a 52,4% dos
casos do sexo masculino e, entre as mulheres, a 48,4% do total de casos
registrados de 1980 a junho de 2019.
Mortalidade
por AIDS
Desde o início da epidemia
de aids (1980) até 31 de dezembro de 2018, foram notificados no Brasil 338.905
óbitos tendo o HIV/aids como causa básica (CID10: B20 a B24). A maior proporção
desses óbitos ocorreu na região Sudeste (58,3%), seguida das regiões Sul
(17,7%), Nordeste (13,6%), Centro-Oeste (5,3%) e Norte (5,1%) (Tabela 24). Em
2018, a distribuição proporcional dos 10.980 óbitos foi de 41,1% no Sudeste,
22,0% no Nordeste, 19,1% no Sul, 11,0% no Norte e 6,8% no Centro-Oeste.
Do total de óbitos por aids
registrados no Brasil no período entre 1980 e 2018 (n=338.905), 70,5% ocorreram
entre homens (n=238.808) e 29,5% entre mulheres (n=99.961). A razão de sexos
observada em 2018 foi de 20 óbitos entre homens para cada dez óbitos entre
mulheres, taxa que vem apresentando comportamento linear desde 2005, com
variação entre 19 e 20 óbitos entre homens para cada dez em mulheres.
Metodologias
Para a preparação deste
“Boletim Epidemiológico HIV/ Aids 2019”, foi utilizado o banco de dados de aids
nacional do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) referente
ao período de 1980 até junho de 2019.
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