G1
Em meio à pandemia de Covid-19,
faltam medicamentos usados também no tratamento da doença, entre eles
anestésicos usados para intubar pacientes em estado mais grave. Em Mato Grosso,
de 22 remédios, 13 estão em falta. A denúncia é do Conselho Nacional de
Secretários de Saúde (Conass).
Em Cuiabá, a denúncia é de um
enfermeiro. "Está faltando sedação no hospital referência em Covid. Não
está tendo mais pancurônio, não está tendo mais rocurônio. Os médicos, a toda
hora, têm que ficar trocando sedação dos pacientes. Está um estado calamitoso.
A farmácia tem dias que não quer liberar midazolam. Então, esses pacientes aí
correm sério risco de ficar sem sedação, acordados com tubo na boca",
afirma. Ele não quis se identificar.
O Conselho Nacional de
Secretários de Saúde fez um levantamento sobre a falta de remédios nos
hospitais que são referência para tratamento da Covid - com leitos de UTI, e
listou 22 medicamentos usados no tratamento. São eles: sedativos, anestésicos e
bloqueadores neuromusculares, usados nos pacientes que precisam ser intubados.
Com o aumento dos casos da
doença, os estoques acabaram ou estão no fim.
O Conselho também apurou quanto
tempo os estoques vão durar nos estados.
Em uma audiência pública na
Câmara dos Deputados, na quinta-feira (25), o governador Mauro Mendes
reconheceu o problema.
Além desse problema da demanda
estrutural, há dois grandes problemas, segundo ele.
"Primeiro, a falta de medicamentos.
Hoje isso é um problema grave no brasil , então nós temos uma realidade muito
dura. Faltam medicamentos, os preços explodiram, e os gestores estão com medo
de comprar para depois não ter que responder eternamente por ações de
improbidade", afirmou.
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