Dia Mundial de Conscientização do Autismo: 70 milhões de pessoas sofrem do transtorno
Saúde
Folha Vitória
2 de abril: Dia Mundial de
Conscientização do Autismo. A data lembra e conscientiza a sociedade acerca da
luta pelos direitos daqueles que possuem diagnóstico do Transtorno do Espectro
Autista (TEA). A doença atinge cerca de 2 milhões de brasileiros e 70 milhões
de pessoas em todo o mundo, e requer cuidados indispensáveis, principalmente
quando se apresenta com outras comorbidades como a deficiência intelectual e a
epilepsia.
Atualmente no Brasil, há
entidades motivadas em prol deste cuidado. O CENSA Betim é referência nacional
no assunto, com equipe transdisciplinar especializada em pessoas com autismo
grave associado a outros tipos de deficiência.
A instituição reafirma o compromisso
de promover a plena participação de todas as pessoas com autismo na sociedade,
garantindo o apoio necessário para que elas possam exercer seus direitos e
liberdades fundamentais.
"O trabalho do CENSA com a
pessoa com autismo é norteado pelos cuidados básicos e educação socializadora,
atendimento com equipe transdisciplinar e estabelecimento de uma rotina
funcional com vistas à aquisição de um repertório comportamental que
possibilite maior independência e inclusão social. Trabalhamos também com as
famílias, no sentindo de instrumentaliza-las a lidar com episódios e
intercorrências comuns, tais como: crises de agitação psicomotora,
comportamentos auto lesivos e outras situações que possam gerar dano à pessoa
com autismo", explica a psicóloga Natália Costa.
Segundo Natália Costa, a atenção
dispensada para uma pessoa adulta com diagnóstico de autismo e deficiência
intelectual de moderada a severa significa, na maioria dos casos, cuidados
perversivos, ou seja, requer um maior número de profissionais envolvidos
durante 24 horas por dia e ao longo de toda a vida do indivíduo.
"Os desafios são muitos.
Talvez, o maior deles é estabelecer um plano de atendimento efetivo para aquela
pessoa que teve um diagnóstico tardio, pouca ou nenhuma intervenção na infância
e na adolescência. Outro aspecto que que é muito desafiador, é lidar com
pessoas com outros diagnósticos e comorbidades associadas ao autismo, como
deficiência intelectual severa, epilepsia de difícil controle e comportamentos
disruptivos", concluiu Natália Costa, que destacou a importância do
acompanhamento de uma equipe transdisciplinar constante, tanto para o
indivíduo, quanto para a família da pessoa com autismo, no intuito de oferecer
condições favoráveis para uma melhor qualidade de vida.
Nenhum comentário
Política de moderação de comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.