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Brasil| Hospital de Amor vai parar atendimentos após Justiça afastar funcionários por conta do coronavírus

G1

O Hospital do Amor, instituição de referência no tratamento do câncer, comunicou que vai suspender suas atividades ambulatoriais e hospitalares em Barretos (SP) a partir desta segunda-feira (20). 


A unidade informou não ter condições financeiras de atender uma decisão judicial que determinou o afastamento de todos os profissionais de saúde enquadrados nos grupos de risco da Covid-19.

A determinação da Justiça do Trabalho foi favorável ao que o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Ribeirão Preto e Região (Sindees) solicitou em uma ação civil pública.
Com o cumprimento dessa decisão, o hospital deixa de contar com 400 profissionais, segundo o diretor clínico Paulo de Tarso Oliveira e Castro, e não realizará procedimentos como sessões de quimioterapia e radioterapia, além de exames de ressonância magnética, tomografia e ultrassonografia.

Advogado do sindicato, Pedro Nilson da Silva nega que a intenção do sindicato tenha sido prejudicar o atendimento aos pacientes e que vai se reunir com representantes da Fundação Pio XII, gestora do hospital, ainda nesta sexta-feira (17).

O prazo de suspensão, de acordo com Castro, depende de futuras arrecadações junto à sociedade e medidas tomadas pelo departamento jurídico do hospital.


Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o hospital mudou a rotina de atendimentos e estimou uma queda mensal de até R$ 11 milhões na arrecadação, com o adiamento de leilões e shows, que respondem por boa parte dos recursos revertidos às unidades do hospital.

Segundo o Hospital de Amor, o atendimento imediato das obrigações judiciais demanda um aumento significativo nos custos operacionais.

"Fomos acionados por uma liminar que ampliou muito o grupo de risco inclusive, prejudicando muito o nosso número de profissionais, cerca de 400 profissionais tiveram que ser afastados. Isso compromete muito a segurança e a qualidade no atendimento dos nossos pacientes com câncer", disse.
Pacientes de UTI, da enfermaria e pronto-socorro, além da ala pediátrica, não serão afetados pela medida, mas o número de cirurgias pode ser prejudicado para a manutenção dessas atividades.

"Estamos avaliando esse impacto, porque também diminuiu pessoas que vão dar assistência nas enfermarias e na UTI. Se for necessário, algumas cirurgias que possam ser postergadas serão postergadas."


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