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Educação| Unemat transforma vidas há 39 anos


Da Assessoria

Aos 69 anos, o borracheiro aposentado, Elpídio Neto de Oliveira, cursa o terceiro semestre de licenciatura em Letras no câmpus da Unemat em Alto Araguaia. O sonho dele é promover mudanças na vida das pessoas por meio da Educação, e confessa: “se der eu vou dar aula sim, nem que seja de graça”, diz.

A força do sr. Elpídio em não desistir do sonho em se formar e concluir o ensino superior serve de inspiração para outros colegas. “Eu tenho dificuldades com as aulas, mas não desisto. Sou o único homem da minha sala, e as meninas (que são muito mais jovens que ele) me ajudam com as matérias”.

A história de vida do acadêmico da Unemat mostra como a universidade que completa 39 anos de existência, desde sua fundação como Instituto de Ensino Superior de Cáceres (IESC) é uma universidade inclusiva e de oportunidades para os mato-grossenses. “A Unemat tem um papel social ímpar e por onde andamos nessa universidade encontramos exemplos de vidas transformadas pela Educação. Temos o compromisso de levar uma educação superior de qualidade e de forma pública e gratuita para o povo de Mato Grosso”, destaca a reitora Ana Maria Di Renzo.


“Eu fiz o curso de admissão (primário) até 1964, mas ai tive que parar. E aos 65 anos, (ou seja, em 2013) voltei a estudar. Conclui o ensino médio e fiz o Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) para ingressar na Unemat”, conta. Seu Elpidio, que não tem filhos naturais, criou os filhos da atual companheira e revela que tem muitos netos e até bisnetos. “Eu tenho uma bisneta que cursa o 7º ano e eu falo ‘pra’ ela que tem que estudar, pois só a Educação é algo que ninguém tira. O dinheiro pode ser roubado, mas a educação não”, diz com orgulho da decisão que escolheu para sua vida.



Entre as razões que o levaram a retomar os estudos depois de tantos anos, está o desejo de aprender e ajudar. Segundo ele, seus pais, apesar de humildes e de trabalharem duro sempre incentivavam os filhos a estudar. “Minhas irmãs fizeram o magistério na época, eu tive que parar de estudar, meu pai teve câncer nos ossos, quebrava muito e minha mãe quebrou o resguardo e ficou de cama e cega. Mas meu pai sempre dizia que tinha um sonho de ver um filho formado, e esse alguém decerto sou eu” relembra emocionado.



Sobre sua experiência acadêmica, ele conta que tem gostado muito e que procura participar ativamente das atividades da universitária e das discussões. Durante o Seminário Regional do 3º Congresso Universitário, o sr. Elpidio participou durante os três dias das discussões sobre as macropolíticas da Unemat.



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