Canal Rural
O relator da MP do Agro
(897/2019), deputado Pedro Lupion (DEM-PR) comemorou logo após a conclusão da
votação dos destaques da MP e afirmou que o resultado “é vitória uma da FPA
[Frente Parlamentar da Agropecuária],
vitória do agro brasileiro e, mais importante, que tudo, é vitória do
produtor rural”.
A Câmara dos Deputados finalizou
a apreciação da medida na noite dessa terça-feira, 18, e agora a MP segue para
última etapa da tramitação no plenário do Senado. O texto-base já havia sido
aprovado na última terça-feira, 11, por larga maioria, 329 votos a 58.
MP do Agro é oportunidade única
de garantir crédito, diz relator Câmara conclui análise da MP do
Agro; veja o que passou e o que foi barrado O relator destacou que a MP traz
inovações significativas no financiamento agrícola. “Importantes avanços que vão
fazer com que nossa agricultura seja cada vez mais forte e cada vez maior. É
com orgulho imenso que agradeço a cada um dos meus amigos, em nome do nosso
presidente Alceu Moreira, pelo apoio, dedicação e responsabilidade de relatar
essa matéria”, reforçou Lupion.
“É certamente um marco para a
agricultura brasileira”, o presidente da FPA, Alceu Moreira (MDB-RS) que
empenhou todos os esforços da frente desde a concepção da MP até a etapa da
apreciação em plenário para tornar lei novos mecanismos para estimular a oferta
de crédito rural no Brasil. Antes da sanção presidencial, a medida precisa se
votada pela o Senado até o dia 9 de março.
Comemoração
O deputado Evair de Melo (PP-ES)
mencionou que o dinamismo da agropecuária brasileira pedia uma norma mais
moderna e condizente com a realidade de mercado atual. “A MP do Agro é uma
atualização, é um avanço importante para que possamos flexibilizar as
ferramentas que operam com o setor agrícola no Brasil. Um setor pujante e que
dialoga com as ferramentas da globalização”, afirmou.
Durante a votação dos destaques,
parlamentares da FPA rebateram críticas e tentativas de desconfigurar o texto
da medida provisória por parte da oposição. Uma delas refere-se à linha de
crédito destinada a cerealistas, o Programa de Construção de Armazéns.
O programa, operado pelo Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prevê R$ 200 milhões
para obras, maquinário e equipamentos de construção, com subvenção limitada em
R$ 20 milhões por ano. Os argumentos da oposição giravam em torno de uma
suposta concentração de recursos nas mãos dos cerealistas.
“É um tema de suma importância de
equilíbrio de mercado e, principalmente, de infraestrutura de produção
agropecuária. Hoje, nós já temos linhas de crédito específicas para
cooperativas, já temos esse trabalho de armazenamento feito para as
cooperativas, que, por sinal, fazem um trabalho espetacular. Nós precisamos
também resgatar e estender a mão para as cerealistas, que tão bem fazem para o
nosso País, fomentando, ajudando e melhorando a produção, seja pequena, seja
grande”, esclareceu o relator da MP, deputado Pedro Lupion (DEM-PR).
Crédito Rural
Outro ponto de debate que havia
proposta para mudança na MP foi a permissão para que instituições financeiras
privadas possam operar o crédito rural com juros subvencionados. A intenção da
medida é ampliar a concorrência entre os bancos tanto públicos como privados e
tornar o financiamento mais barato para o produtor. Houve a acusação de que a
medida iria beneficiar apenas os bancos privados com a destinação de recursos
públicos.
“O fato de oportunizar que um
banco privado participe desse processo não obriga ninguém a tomar financiamento
nesse banco. Todos podem dispor disso, até as cooperativas”, explicou Alceu
Moreira durante a apreciação do destaque que foi rejeitado.
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