Saúde| Ministérios Públicos movem ação para proibir uso de agrotóxicos que contenham glifosato em MT
Com informações do G1
Os ministérios públicos Federal,
do Trabalho e Estadual apresentaram uma ação civil pública contra as
associações dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja)
e e Mato-Grossense do Algodão (Ampa), além Federação da Agricultura e Pecuária
de Mato Grosso (Famato), com o objetivo de proibir que os produtores rurais
usem qualquer agrotóxico que contenha glifosato.
De acordo com a ação, o objetivo
é resguardar a saúde dos trabalhadores rurais expostos aos agrotóxicos, bem
como resguardar o meio ambiente e a saúde coletiva.
Por ser umas das substâncias mais
usadas no estado, os procuradores e promotores pedem um prazo de 12 meses para
que glifosato seja retirados das lavouras.
Na ação, os impetrantes destacam
que estudos desenvolvidos pela International Agency for Research on Câncer
(IARC), ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS), apontam que o glifosato é
provável carcinogênico.
O glifosato é o principal
ingrediente ativo de diversos herbicidas usados em plantações. São 110
agrotóxicos com a substância comercializados no Brasil, produzidos por 29
empresas diferentes, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa).
Em 2017, cerca de 173 mil
toneladas de produtos com glifosato foram usadas no país. A Anvisa realizou
testes com o princípio ativo e atestou que o produto pode ser usado no país.
A reavaliação toxicológica da
substância pela Anvisa vinha ocorrendo desde 2008 e a conclusão foi que a
substância "não apresenta características mutagênicas e
carcinogênicas" .
Entretanto, o IARC e a OMS
salientam que o uso indiscriminado de agrotóxicos traz impactos graves e
negativos para a saúde humana e para o meio ambiente.
A Famato informou que, por
enquanto, não vai se pronunciar sobre o assunto. A Aprosoja disse que não foi
notificada oficialmente sobre a ação e também não vai se manifestar, por
enquanto.
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