Alto Taquari| Usina de etanol utiliza veículo aéreo não tripulado para monitorar lavouras de cana
Com informações do G1
Usina de etanol em Alto Taquari,
a 509 km de Cuiabá, utiliza um veículo aéreo não tripulado, conhecido como
vant, para monitorar as lavouras de cana, permitindo tomada de decisões rápidas
e, consequentemente, redução de custos operacionais na resolução de problemas
quando eles são identificados.
Atualmente, apenas seis pessoas
no Brasil têm autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para
trabalhar com o vant. O equipamento não tem controle e é operado em um
computador.
“Esse veículo alcança um raio
médio de 40 km, seria impossível alcançarmos essa altura a olho nu. Então,
fazemos um mapeamento pré-estabelecido. Damos a ele uma missão e ele segue”,
explicou o piloto de Aeronave Remotamente Pilotada (RPA), Júlio Cézar Pusippe
Paganeli.
O vant tem autonomia de sobrevoar
aproximadamente 1,5 mil hectares por dia. Por isso, ele precisa ser programado
e controlado pelo computador. Nessa modalidade de voo, o equipamento faz um
monitoramento digital agrícola preciso, abrangendo uma área maior em menos
tempo.
Recentemente, dois pilotos da
empresa receberam licença da Anac para que possam usar o vant na agricultura de
precisão.
“Como o espaço aéreo é um só e
ele é dividido por vários aviões, esses aviões têm comunicação direta entre
eles. Assim, a gente seria mais uma classificação dentro desse espaço aéreo.
Desde que tenha comunicação e autorização, podemos compartilhar ele
tranquilamente”, disse o piloto.
Vant tem autonomia de sobrevoar aproximadamente 1.5 mil hectares por dia |
A empresa adquiriu o vant em
2016, mas somente há dois meses passou a realizar voos mais altos nas unidades
de Alto Taquari.
Antes, o piloto Júlio e um outro
piloto da empresa precisavam manter o equipamento mais baixo, dentro do campo
de visão deles. Agora, no céu a perder de vista, o equipamento tem conseguido
detectar problemas de cultivo nos 42 mil hectares de canaviais, desde anomalias
provocadas por falhas de plantio e condições climáticas até os ataques de
pragas.
“As imagens brutas coletadas vão
para uma central em Campinas, onde uma equipe especializada faz o trabalho de
diagnóstico dos eventuais problemas que temos. Um relatório é gerado para que
seja feita uma análise e resolver os problemas identificados”, explicou o
diretor agrícola Rodrigo Rodrigues Vinchi.
Toda a estrutura montada para a
implantação desse sistema aéreo, incluindo o vant, custou à empresa cerca de R$
400 mil.
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