Economia| Prestes a começar plantio de soja, produtores ainda buscam preços melhores para comercializar safra passada em MT
Com informações do G1
Agricultores de Mato Grosso se
preparam para o plantio da safra de soja, que deve começar a partir do dia 15
de setembro. Entretanto, alguns ainda guardam um percentual da produção passada
à espera de melhores preços para comercialização.
Este é o caso do produtor Jaime
Demarchi, de Sinop, a 503 km de Cuiabá, que ainda tem 40% da produção anterior
estocados à espera de preços melhores. No ano passado, ele consegui vender a
saca a R$ 72. Porém, este ano, os preços caíram.
Na venda mais recente, ele conseguiu
R$ 66 por saca. Na ocasião, ele comercializou 10 mil sacas.
“É um risco o que estou fazendo.
Anos atrás, tentei fazer o mesmo e deu certo. Então creio que até o final do
ano, o preço da soja suba um pouco mais”, comentou ele.
A mesma estratégia foi adotada
por um armazém, em Sorriso, a 420 km da capital. A última negociação ocorreu há
poucos dias, quando os contratos foram fechados a R$ 70. No local, ainda estão
estocadas quase 25 mil sacas de grãos.
“Recebemos em torno de 210 mil
toneladas de soja na safra passada. Hoje temos estocadas cerca de 40 mil
toneladas. Na semana passada teve uma alta devido ao preço do dólar, então
vendemos 15 mil toneladas. Ainda restam 10% do volume total que estamos
aguardando para vender”, comentou Anderson Oro, diretor do armazém.
De acordo com o Instituto
Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), até o final de julho, cerca de
87% da safra 2018/2019 havia sido comercializados. Preço médico para a saca foi
de R$ 65.
Com relação à próxima safra,
cerca de 65% da produção estadual foram comercializados até o final do mês
passado.
Segundo o negociador de grãos,
Wilson Marques de Araújo, para os produtores que tem necessidade de vender a
safra com mais urgência, o momento atual é uma boa opção, já que o mercado
futuro é incerto, principalmente por causa das disputas econômicas entre outros
países.
“A China tenta induzir uma
situação para chegar a um acordo após as eleições de 2020. Se isso se arrastar
até lá, o cenário fica mais complicado. Então a orientação nesse momento é
aproveitar o momento, se houver necessidade de caixa”, explicou.
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