Com informações do G1
Mais de 25% dos veículos
utilizados pelos órgãos de segurança pública de Mato Grosso não estão
funcionando por falta dos pagamentos às locadoras, segundo a União dos
Conselhos de Segurança do estado.
Os veículos recolhidos são
levados para um pátio que fica na Rodovia dos Imigrantes, entre Cuiabá e Várzea
Grande, região metropolitana. Mais de 250 viaturas estão paradas até que o
governo do estado se posicione sobre o repasse do dinheiro.
O presidente da União dos
Conselhos de Segurança de Mato Grosso, Danilo Moraes, explicou que a falta de
viaturas para a segurança pública se deve à falta de repasses do governo
estadual, o que ocasiona demora no atendimento das ocorrências.
Galeria V3 |
“Hoje se o cidadão ligar no 190 e
a viatura demorar para chegar. Não é culpa do policial e sim do governo do
estado anterior que deixou terminar o contrato e não realizou um novo para
substituir as viaturas”, disse.
A empresa que fornece os veículos
se recusou assinar uma prorrogação de emergência, porque também não recebeu o
repasse do dinheiro.
“As viaturas que ainda estão no
interior, estão sendo mantidas pela comunidade e até mesmo pelos próprios
policiais, porque se vir para Cuiabá, ela não irá retornar”, avaliou Danilo.
O ônibus da delegacia móvel da PM
foi levado para a oficina para trocar o óleo do motor em abril de 2018, no
entanto, a empresa não realizou o serviço porque tem R$ 60 mil a receber do
estado.
Um dos contratos com 750 unidades
terminou no início de novembro.
O governador de Mato Grosso,
Mauro Mendes (DEM), afirmou que o repasse não está sendo feito por falta de
dinheiro no estado e a dívida de R$ 4 bilhões com os fornecedores.
“Quem aluga os veículos para a
segurança pública está pegando as viaturas da polícia e, então, fica o
segurança no quartel e porque não consegue prestar segurança para a nossa
população e está sem veículo”, afirmou.
Além das dívidas com os
prestadores de serviço, conforme a presidente do Sindicato dos Policiais,
Edleusa Mesquita, afirma que a categoria está com os salários atrasados e que a
estrutura não é o suficiente para manter a segurança pública.
“Nós estamos virando uma polícia
administrativa, mesmo sem salário e com o 13º salário atrasado e sem o
pagamento da revisão anual, o investigador ele tira dinheiro do próprio bolso
para poder bancar o conserto da viatura para poder trabalhar”, contou.
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