Com informações do G1
Uma equipe de consultores visitou
fazendas de soja no norte do estado, na última semana, onde as lavouras
demonstram queda na produtividade. Em muitas áreas a colheita está adiantada,
em outras, a soja ainda está verde, mas a perspectiva dos produtores é de
perda.
Apesar das diferenças de fases
entre as lavouras com variedades de ciclo precoce e médio semeadas em
propriedades de Sorriso, a 420 km de Cuiabá, os agricultores estimam uma perda
considerável, se comparado ao mesmo período do ano passado.
Segundo Luimar Gemi, a média de
colheita tem sido 50 sacas por hectare, enquanto que no ao passado, ficou em
torno de 60 sacas.
“Conforme vão chegando os novos
talhões, tá melhorando a média, mas acreditamos que fecha com uma diferença de
10% a menos do que o ano passado, pelo que a gente tem observado”, afirmou.
Em nível nacional, a situação não
deve ser diferente, segundo os consultores que participaram da 16ª expedição em
fazendas das região norte de Mato Grosso, a produção nacional deve ser de 117,6
milhões de toneladas. Cerca de 2% a menos que a safra anterior.
Galeria V3 |
O consultor Pablo Reveles afirmou
que esta não será uma safra record, como se imaginava no início do plantio.
“No ano passado a gente chegou a
119, 120 milhões de toneladas. Este ano, não teremos o mesmo desempenho, mas se
as condições climáticas permanecerem como estão, a produtividade não deve
baixar mais do que foi previsto”, destacou.
De acordo com a consultoria, a
queda dos números nesta safra está ligada à falta de chuvas durante o
desenvolvimento dos grãos.
“A estiagem de cerca de 10 a 15
dias ocasionou prejuízos às lavouras com variedades precoces, porque elas são
muito sensíveis a falta de água”, explicou o consultor.
Ainda segundo ele, a variedade
precoce tem um bom ciclo, pois é rápida. No entanto, precisa de água durante o
desenvolvimento.
“Se faltar água em um período
específico de floração ou no período reprodutivo em geral, ela pode perder
potencial grande”, afirmou.
Já os produtores somam a falta de
chuva a outros fatores.
“Costumo dizer que tem uma soma
de fatores que acabaram contribuindo pra essa queda de produtividade: em
novembro tivemos um longo período nublado, com baixa luminosidade, depois
tivemos um período bastante chuvoso e quando parou a chuva, foi de vez”, avaliou
o agricultor Luimar.
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