Política|Ministros mantêm Gilmar Fabris como ficha suja e fora da Assembleia Legislativa
Com informações do G1
O deputado estadual Gilmar Fabris
(PSD), que tentou se reeleger e que disputou as eleições deste ano 'sub
judice', teve um recurso negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e não
deve ocupar uma vaga na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
Fabris obteve 22,913 votos, que
ficaram 'congelados' porque o registro de candidatura dele havia sido
indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Ele concorreu sub judice após ser
condenado pela Justiça, em 2018, em um processo de desvio de recursos da
Assembleia em 1996, quando ele presidia a instituição. O parlamentar foi
condenado pela prática do crime de peculato por 22 vezes, mas a dosimetria da
pena não foi divulgada pelo TJMT.
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A decisão unânime do Pleno do
TSE, na quarta-feira (5), manteve a decisão e indeferiu o registro. Segundo o
TRE-MT, Fabris ainda pode recorrer pedindo um embargo da decisão.
Com a decisão, Allan Kardec
(PDT), último da coligação a ser eleito, com 18.629 votos, assume a vaga de
Fabris.
O deputado foi preso em setembro
do ano passado suspeito de cometer o crime de obstrução à Justiça durante a
Operação Malebolge, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Às pressas
A operação investiga crimes de
corrupção e pagamento de propina a políticos durante a gestão do ex-governador
Silval Barbosa (PMDB).
Antes de ser preso, as câmeras de
segurança do prédio onde ele mora mostram o parlamentar descendo o elevador do
prédio às 5h34 do dia 14 de setembro - data da operação, de pijama e chinelo, e
com uma mala pequena nas mãos, segundo a decisão do ministro do STF Luiz Fux, que
determinou a prisão dele.
A maleta, de acordo com a PGR,
poderia conter documentos de interesse da investigação, além de dinheiro.
Esquema de propina
Fabris seria um dos supostos
beneficiados com o recebimento de propina de verba desviada por meio de
programa de pavimentação asfáltica MT Integrado.
Inclusive, ele aparece em vídeos
entregues pelo ex-governador à PGR como provas materiais do esquema de
corrupção no governo.
Gravado por uma câmera escondida
na sala do ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Silvio Cezar Corrêa, Fabris
reclama do valor entregue pelo ex-chefe de gabinete, que era responsável pelo
pagamento de propina e outras vantagens indevidas a políticos durante a gestão
de Silval Barbosa, e questiona sobre os R$ 100 mil que seriam pagos a ele.
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