Educação| Estudante poderá escolher área a ser avaliada no segundo dia do Enem
Com informações Agência Brasil
Os estudantes inscritos no Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) poderão escolher qual avaliação farão no segundo
dia do teste. No primeiro dia, será cobrado o conteúdo comum ensinado a todos
os estudantes do país. O novo modelo foi apresentado hoje (20) pelo ministro da
Educação, Rossieli Soares. O exame, no entanto, não será mudado no ano que vem,
o que deve ocorrer em 2021.
As mudanças são necessárias para
adequar o Enem ao novo ensino médio, cuja lei foi aprovada em 2017. Pela nova
lei, os estudantes passarão por uma formação comum a todo o país, definida pela
chamada Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que ainda está em discussão no
Conselho Nacional de Educação (CNE), e por uma formação específica, que poderá
ser em linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ensino
técnico.
O Enem seguirá o mesmo modelo. No
primeiro dia, será cobrada a BNCC e, no segundo, o estudante será avaliado de
acordo com o itinerário escolhido. “O Enem tem que ser reflexo do ensino médio
que a gente deseja. Se vai ter flexibilidade, o itinerário não é só
aprofundamento, são caminhos diferenciados, tem que fazer avaliação desses
itinerários”, disse Rossieli Soares.
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As mudanças no Enem estão
previstas nas novas Diretrizes Curriculares Nacionais do ensino médio,
homologadas nesta terça-feira pelo ministro.
Para entrar em prática, no
entanto, é preciso que a BNCC seja aprovada pelo CNE. O Ministério da Educação
(MEC) pretende ver a Base Nacional Curricular aprovada ainda este ano, mas isso
depender da agenda do CNE.
Questionado sobre a
possibilidade as mudanças previstas no Enem não serem implementadas no próximo
governo, o ministro Rossieli Soares disse que, para isso, o novo presidente
teria que mudar as normas vigentes. “Cabe ao novo governo avaliar e implementar
as políticas, mas o que é normal é que deve ser cumprido, a não ser que ele
mexa na norma. As diretrizes são normas que estarão vigentes para o Brasil,
então, deverão ser seguidas em todo o Brasil”, afirmou o ministro.
Ele ressaltou que muito da
implementação do novo ensino médio caberá ao novo governo, que terá que cuidar
da escolha dos livros didáticos, da formação de professores e de novas
avaliações da etapa. “A construção da matriz de avaliação, a construção real do
Enem e do novo Enem caberá ao novo governo, que deverá, nos primeiros anos
fazer um série de construções.”
Até o fim do ano, o governo deve
definir os referenciais que serão usados pelas as escolas e as redes de ensino
na oferta dos itinerários formativos. Pelas novas diretrizes, os itinerários
deverão estar organizados, cada um deles seguindo os seguintes requisitos:
investigação científica, processos criativos, mediação e intervenção
sociocultural e empreendedorismo. Cada município deverá ofertar pelo menos dois
itinerários em áreas distintas para que os estudantes possam escolher.
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