Saúde| Em 17 anos, mais de 400 pessoas morreram vítimas de hepatite em MT
Com informações do G1
Pelo menos 402 pessoas morreram em Mato Grosso vítimas de
hepatites virais entre os anos 2000 e 2016, segundo dados divulgados pelo
Ministério da Saúde. Quando a causa da morte foi hepatite associada a outros
fatores, o número de mortes sobe para 654, conforme o levantamento.
O balanço do Ministério da Saúde foi divulgado na semana
passada, quando ocorreu o lançamento do plano pactuado pelo governo federal com
os estados e municípios a fim de eliminar a hepatite C no Brasil até 2030.
Apesar do levantamento apontar a hepatite C como a
responsável pela maior parte dos óbitos por hepatites virais no país – e a
terceira maior causa de transplantes hepáticos –, em Mato Grosso, a hepatite B
foi a protagonista do maior número de mortes entre 2000 e 2016, sendo a causa
básica da morte de 187 pessoas e a causa associada em outras 114 mortes,
totalizando 301 ocorrências nesse período.
Já a hepatite C consta em 299 mortes registradas no período
analisado pelo Ministério da Saúde - sendo a única responsável por 175 dos
óbitos registrados.
As hepatites virais dos tipos A e D são aquelas que causaram
um número menor de mortes no estado dentro do período recortado pelo governo
federal. Enquanto a primeira foi a única causa da morte de 29 pessoas e a razão
associada da morte de outras 12 pessoas, a segunda foi responsável por 11
mortes no período analisado e a causa associada de outras duas mortes.
Tipos de hepatites
A hepatite A é transmitida por meio de água e alimentos
contaminados por fezes ou pelo contato da mão suja de fezes com a boca.
Já as hepatites B e C são transmitidas por meio do sexo sem
proteção e no compartilhamento de seringas, agulhas ou qualquer outro objeto
cortante ou perfurante.
A hepatite D também é transmitida pelo sangue e, da mesma
maneira que os vírus B e C, exige cuidado com o compartilhamento de objetos,
como escovas de dentes, seringas, depiladores e barbeadores portáteis.
No caso das hepatites B e D, a transmissão também pode
ocorrer da mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a
amamentação.
Prevenção
De acordo com o governo federal, a vacina para hepatite A
está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo oferecida no calendário
nacional de vacinação para crianças a partir de 15 meses a 5 anos de idade
incompletos.
A vacina para hepatite B está disponível no SUS para todas
as pessoas. Na criança, é dada em quatro doses, sendo a primeira ao nascer. Nos
adultos, que não se vacinaram na infância, são três doses.
Conforme o Ministério da Saúde, foram distribuídas 18 milhões
de vacinas para todo o país no ano passado e, atualmente, 31,1 mil pacientes
estão em tratamento para a doença.
A hepatite C acomete, principalmente, os adultos acima de 40
anos. O tratamento com os antivirais de ação direta encontra-se disponível no
SUS desde 2015 e apresenta taxa de cura superior a 90%.
A hepatite D depende da presença do vírus do tipo B para
infectar uma pessoa e, como o vírus precisa do outro tipo para reproduzir, as
formas de evitá-la são as mesmas do tipo B, inclusive com a vacinação contra a
hepatite B.
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