Com informações do G1
As 27 unidades frigoríficas de
Mato Grosso estão com os abates de bovinos suspensos por causa da paralisação
dos caminhoneiros, de acordo com Sindicado das Indústrias de Frigoríficos do
Estado (Sindifrigo). Com as rodovias bloqueadas, os animais não chegaram aos
frigoríficos e a carne não chega ao consumidor.
O Sindifrigo afirma que, em
média, 17 mil animais deixam de ser abatidos por dia no estado.
A Associação dos Criadores de
Mato Grosso (Acrimat) explica que desde quarta-feira (23) a indústria já havia reduzido
a aquisição de animais.
Desde então, cerca de 90% das
indústrias não compraram bois e vacas para abates, segundo o Instituto
Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Por causa disso, na sexta-feira
(25) os abates foram suspensos.
A Acrimat diz que os prejuízos
para a cadeia da pecuária de corte estão estimados em R$ 36,5 milhões por dia.
O cálculo considera apenas a
comercialização de animais, sem contabilizar a movimentação em decorrência da
venda de carne.
“Os animais não saem da
propriedade, não chegam à indústria e, consequentemente não chegam aos
supermercados, nem aos consumidores”, disse o diretor executivo da Acrimat,
Luciano Vacari.
A entidade reconhece que a
paralisação dos caminhoneiros é legítima, porém, a situação da cadeia produtiva
da pecuária de corte é considerada preocupante, uma vez que a indústria não
está conseguindo escoar a produção para retomar o abate.
Para tentar minimizar os impactos
e assegurar aos caminhoneiros que o veículo está carregado com cargas vivas ou
perecíveis, os caminhões estão sendo adesivados com um selo específico que
garante a passagem direta pelos pontos de bloqueio.
Além disso, segundo
representantes do movimento, o motorista que estiver com carga viva ou perecível
pode procurar os líderes da manifestação em cada ponto de manifestação,
apresentar a nota fiscal, que a carga será liberada.
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