Artigo| Cérebro e Sentimento
Por Emanuel Filartiga
Na sociedade em que vivemos encontramos uma separação crescente entre cérebro e sentimento.
Na educação, o desenvolvimento intelectual não é o bastante, porque na vida também não o é. As experiências do homem, hoje, são mais e, principalmente, experiências do superficial, e não o reconhecimento imediato do que o coração sente, os olhos veem, e os ouvidos ouvem.
Desde crianças, na escola, em regra, somos excluídos da busca, as respostas nos são dadas para que as memorizemos, isto acontece para muitos até o fim da vida; o conhecimento nos é dado como um cadáver de informação – um corpo morto de conhecimento.
Neste tempo, quando a “razão” e a “técnica” ocupam o altar do saber, o ser humano repete infinitamente o já dado, sem nada criar, interpretar.
Erich Fromm e A. S. Neill disseram, com razão, que educação deve ser ao mesmo tempo intelectual e emocional. Realmente, afirmam, a separação entre o intelecto e o sentimento levou o homem moderno a um estado mental que se aproxima do esquizóide.
Sentir as coisas acontecerem, não simplesmente com o intelecto, mas com todo nosso ser, carne e sangue, deve ser muito querido a nós. E mesmo conhecendo toda a teoria, dominando todas as técnicas, ao tocar uma alma humana, sejamos apenas outra alma humana(Jung).
Sabemos que há fome de toda natureza: material, intelectual, afetiva, ética. Estudamos os direitos da criança e do adolescente, do idoso, da pessoa com deficiência, do indígena. Vemos a privação e ausência do que é necessário para o pobre, o negro, o ribeirinho, entre outros. A pior de todas as penúrias é sequer dar conta do outro ser humano e de nós mesmos.
E para dar conta, não se assustem amigos leitores, é necessário amor. Ora, nem tudo são relatos, retóricas e discursos; é preciso amor para ensinar e aprender (viver).
“Sonhar é acordar-se para dentro.” E “Só o tempo determina se o que foi escrito fica”.
Ousamos, no sentido pleno da palavra, falar de amor sem temer sermos vistos como piegas, a ou anticientífico. É preciso coragem para dizer cientificamente que quando aprendemos, ensinamos, conhecemos, trabalhamos, fazemos com o nosso corpo inteiro (Paulo Freire).
Com este sentimento que o poeta grego expressou nas palavras de Antígona: “não há nada mais maravilhoso que o ser humano”; e com a sabedoria da poetisa goiana: “Lindo demais coração é terra que ninguém vê”, daremos um passo, de cada vez, para “normalidade”.
Na educação, o desenvolvimento intelectual não é o bastante, porque na vida também não o é. As experiências do homem, hoje, são mais e, principalmente, experiências do superficial, e não o reconhecimento imediato do que o coração sente, os olhos veem, e os ouvidos ouvem.
Desde crianças, na escola, em regra, somos excluídos da busca, as respostas nos são dadas para que as memorizemos, isto acontece para muitos até o fim da vida; o conhecimento nos é dado como um cadáver de informação – um corpo morto de conhecimento.
Neste tempo, quando a “razão” e a “técnica” ocupam o altar do saber, o ser humano repete infinitamente o já dado, sem nada criar, interpretar.
Erich Fromm e A. S. Neill disseram, com razão, que educação deve ser ao mesmo tempo intelectual e emocional. Realmente, afirmam, a separação entre o intelecto e o sentimento levou o homem moderno a um estado mental que se aproxima do esquizóide.
Sentir as coisas acontecerem, não simplesmente com o intelecto, mas com todo nosso ser, carne e sangue, deve ser muito querido a nós. E mesmo conhecendo toda a teoria, dominando todas as técnicas, ao tocar uma alma humana, sejamos apenas outra alma humana(Jung).
Sabemos que há fome de toda natureza: material, intelectual, afetiva, ética. Estudamos os direitos da criança e do adolescente, do idoso, da pessoa com deficiência, do indígena. Vemos a privação e ausência do que é necessário para o pobre, o negro, o ribeirinho, entre outros. A pior de todas as penúrias é sequer dar conta do outro ser humano e de nós mesmos.
E para dar conta, não se assustem amigos leitores, é necessário amor. Ora, nem tudo são relatos, retóricas e discursos; é preciso amor para ensinar e aprender (viver).
“Sonhar é acordar-se para dentro.” E “Só o tempo determina se o que foi escrito fica”.
Ousamos, no sentido pleno da palavra, falar de amor sem temer sermos vistos como piegas, a ou anticientífico. É preciso coragem para dizer cientificamente que quando aprendemos, ensinamos, conhecemos, trabalhamos, fazemos com o nosso corpo inteiro (Paulo Freire).
Com este sentimento que o poeta grego expressou nas palavras de Antígona: “não há nada mais maravilhoso que o ser humano”; e com a sabedoria da poetisa goiana: “Lindo demais coração é terra que ninguém vê”, daremos um passo, de cada vez, para “normalidade”.
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. (..) (1 Coríntios 13:1-3 e 13)
Emanuel Filartiga Escalante Ribeiro
Promotor de Justiça em Mato Grosso
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