Mato Grosso| Atendente xinga empresário durante cobrança por telefone
TV CA |
Com informações do G1
Um
empresário que mora em Cuiabá foi xingado e pressionado pelo atendente de uma
empresa de cobrança, por telefone. As ligações foram gravadas, por meio de um
aplicativo de celular. O empresário, que não quis ser identificado na
reportagem, disse ter sido chamado de caloteiro, mau pagador e até mesmo de
vagundo.
"Vai
pagar no Judiciário seu vagabundo, sem-vergonha, caloteiro", diz um dos
funcionários da empresa.
O
empresário disse que, depois de ter descoberto essa dívida, ligou para a
empresa na tentativa de solucionar a dívida que havia feito com uma
transportadora. "Fui retirar um extrato do meu CPF, aproveitei e tirei da
empresa e lá eu verifiquei que tinha essa dívida. Procurei e tentei resolver
pela empresa porque eu fiz negócio com a transportadora.
A
empresa a quem o empresário devia passou a dívida para uma empresa terceirizada
de cobrança, no entanto, a vítima explicou que não recebeu nenhum aviso antes
dele mesmo fazer contato com a empresa. A cada ligação, ele disse que recebia
uma informação diferente sobre a situação da dívida.
"Ligam
de uma a duas vezes por dia e me chamam de mau pagador, caloteiro, empresário
quebrado. Eles ligam também na residência da minha mãe. Uma hora é minha mãe
que atende. Outra hora é minha irmã que atende. Enchem o saco mesmo",
afirmou.
A
empresa com a qual o empresário havia feito a dívida repassou a cobrança para
uma empresa terceirizada, no entanto, a vítima explicou que não recebeu nenhum
aviso antes dele mesmo fazer contato com a empresa.
"Liguei
uma ou duas vezes por dia e então eles me chamam de mal pagador, empresário
quebrado e caloteiro", afirmou.
O
diretor do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo
(Ibedec), Antônio Carlos de Mello, que analisou os aúdios explicou que as
ofensas e a pressão durante a cobrança da dívida podem ser consideradas um crime.
"Ele
foi cobrado de uma maneira totalmente irresponsável, assim como foi irregular a
passagem do crédito para a empresa de cobrança sem haver notificação",
avaliou.
Mello
explicou ainda que casos de cobranças abusivas são frequentes, além do aumento
do valor da dívida. "Algumas pessoas pagam essa dívida diferente e outras
acabam entrando na Justiça", disse.
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